Na última quarta-feira, 11, Rafael dos Santos, conhecido como Cowboy, foi condenado a 28 anos e 04 meses de prisão, em regime fechado, pelos assassinatos de Romualdo Bastos Alves, proprietário do Bar do Madão, e Marco Antônio Lino dos Santos. O crime ocorreu na madrugada de 10 de novembro de 2019, no estabelecimento de Romualdo, localizado na Vila Ribeiro, em Assis-SP. Durante o julgamento, que durou cerca de nove horas, o Corpo de Sentença decidiu pela condenação do réu.

Segundo os autos do processo, o crime teria sido motivado por um abuso sexual que Marco Antônio sofreu quando ainda era menor de idade. Rafael e mais um acusado foram envolvidos, no crime, o que gerou uma rixa entre as famílias e culminou nos assassinatos. O inquérito policial apontou que o comparsa do réu, Guilherme Augusto dos Santos e Rafael dos Santos agiram em conjunto para cometer os assassinatos e tentar matar outra pessoa, Victor Hugo , que estava no bar e sobreviveu aos tiros.

De acordo com a investigação, cerca de um mês antes, Guilherme confessou em uma gravação que ele e Rafael teriam abusado sexualmente de Marco Antônio, quando este ainda era criança. Essa gravação teria sido capturada pelo celular de Romualdo, o dono do bar. O conhecimento de que essa gravação seria enviada a uma facção criminosa para realizar um "tribunal do crime" teria levado os dois suspeitos a decidirem acabar com a vida das vítimas.

No dia dos fatos, Rafael e Guilherme entraram no estabelecimento onde estavam Romualdo, Marco Antônio e Victor Hugo. Guilherme efetuou disparos em direção a Marco Antônio e depois a Victor Hugo, enquanto Rafael atirou em Romualdo, causando a morte dos dois. Antes de morrer, Marco Antônio, segundo os autos do processo, afirmou a Victor Hugo que “Cowboy” seria um dos autores dos disparos.

Só um réu foi julgado no último dia 11, porque o processo foi desmembrado.