Araçatuba: com mais dois detidos, total de presos suspeitos de ataque a bancos chega a sete
Três pessoas morreram em ação criminosa.
A Polícia Civil prendeu na madrugada desta sexta-feira (3) dois suspeitos de participarem do mega-assalto em Araçatuba (SP). Os homens foram presos em São Pedro, na região e Piracicaba (SP), a 450 km de Araçatuba, durante uma operação contra o tráfico de drogas.
Ao todo, sete pessoas foram presas suspeitas de participar da ação criminosa na madrugada de segunda-feira (30).
Segundo a polícia, os homens estavam em um sítio e um deles apresentou documento falso. A polícia descobriu que se tratava de um foragido por homicídio.
Armas, munições, carros e dinheiro apreendidos
Com a dupla, a polícia apreendeu roupas táticas, coletes balísticos, lanternas, binóculos, máquina para contar dinheiro, munições .40 e .380, carros, além de cerca de R$ 3 mil. O material apreendido foi encaminhado para perícia.
Os suspeitos foram levados para a sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em São Paulo.
Os investigadores querem ouvi-los para tentar identificar mais criminosos que participaram da ação, inclusive, os que não participaram, mas ajudaram a planejar o crime.
Após ser ouvida, a dupla será transferida para o Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém.
Sete presos
Com a prisão da dupla, a polícia chegou a sete presos suspeitos de participarem do crime. Um casal foi detido na cidade, horas depois do ataque aos bancos, suspeito de ser olheiro do bando.
O homem foi levado do presídio de Penápolis para o Centro de Detenção Provisória (DCP) de São José do Rio Preto (SP). A mulher foi encaminhada à penitenciária de Tupi Paulista.
Outro suspeito, de 27 anos, preso em Campinas, havia sido levado para a sede da PF em Araçatuba para prestar depoimento. O homem que confirmou participação na organização do crime também foi levado de Penápolis para o CDP de Rio Preto.
Outros dois suspeitos estão internados com ferimentos, sob escolta policial, na Santa Casa de Piracicaba. Segundo a polícia, um confessou a participação no crime. O outro estava inconsciente.
Um criminoso foi encontrado morto em um carro abandonado na zona rural de Araçatuba, após fuga da quadrilha. Segundo a polícia, o homem foi baleado em uma troca de tiros com a polícia no centro e levado pelos comparsas, que o abandonaram ao constatar a morte.
O corpo de outro homem foi encontrado em Sumaré (SP). Ele vestia calça, luvas e colete balístico. A polícia suspeita que também se trata de um criminoso que atacou os bancos em Araçatuba e trocou tiros com a polícia.
Ação criminosa
Pelo menos 20 criminosos participaram da ação. Eles chegaram à região central de Araçatuba por volta da meia noite de segunda-feira (30), usaram moradores como escudo humano e espalharam explosivos.
Veículos foram queimados em vários pontos do município e da região para impedir a chegada da polícia. Drones também foram usados para monitorar a fuga da quadrilha.
Vídeos de câmeras de segurança mostram moradores em cima de carros, enquanto a quadrilha foge em alta velocidade. Uma das vítimas colocadas sobre um dos veículos não quis se identificar, mas relatou momentos de terror e insegurança.
Três pessoas morreram na ação, sendo dois moradores e um suspeito. Outras cinco ficaram feridas, entre elas o ciclista que teve os pés amputados após ser atingido por um explosivo.
De acordo com a Polícia Militar, explosivos foram encontrados nas ruas, nos bancos, em carros abandonados e em um caminhão deixado perto das agências bancárias.
Após mais de 30 horas de trabalho, equipes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) desarmaram e detonaram todos 98 artefatos em um aterro sanitário do bairro Água Branca.
Com a retirada das bombas, ruas e avenidas foram liberadas na terça-feira (31). Alguns comerciantes aproveitaram para reabrir as portas. As aulas nas escolas da rede municipal e estadual foram retomadas na quarta-feira (1º).
A Banco do Brasil atacada reabriu as portas na quarta-feira (1º). A agência da Caixa Econômica Federal ainda segue interditada e sem previsão de reabrir.
FONTE - G1
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