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GERAL • 20/10/2024 às 22:37

Prefeito Bruno Covas morre de câncer aos 41 anos

Desde 2019 o prefeito lutava contra um câncer na transição entre estômago e esôfago.

Prefeito Bruno Covas morre de câncer aos 41 anos

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), morreu aos 41 anos neste domingo (16), às 8h20, em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica, com metástase e complicações após longo período de tratamento. A informação é pela Prefeitura de São Paulo.

Bruno Covas estava sob os cuidados das equipes médicas coordenadas pelo Prof. Dr. David Uip, Dr. Artur Katz, Dr. Tulio Eduardo Flesch Pfiffer, Prof. Dr. Raul Cutait e Prof. Dr. Roberto Kalil. O boletim, divulgado pela assessoria de imprensa da prefeitura, foi assinada pelo Diretor de Governança Clínica do Hospital Sírio-Libanês, Luiz Francisco Cardoso, e pelo diretor clínico, Ângelo Fernandez.

Covas lutava havia dois anos contra um câncer na cárdia e no fígado e estava internado desde o último dia 2 no Hospital Sírio-Libanês, na região central da cidade, onde realizava o tratamento contra a doença. Na noite de sexta-feira (14), um boletim médico informou que seu quadro era irreversível.

O tucano havia oficializado seu afastamento por 30 dias das funções na prefeitura no dia 3 de maio para se dedicar completamente aos cuidados médicos. Desde então, a gestão paulistana ficou sob responsabilidade do vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB). No entanto, o prefeito era informado das decisões sobre a cidade mesmo durante a sua internação.

Um dia antes do afastamento, Covas já havia sido internado. Em seguida, ele foi transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e intubado, após a descoberta de um sangramento no estômago.

Dias depois, o prefeito publicou nas redes sociais uma foto no quarto do hospital ao lado do filho, Tomás, de 16 anos. Na ocasião, ele agradeceu as mensagens de apoio que recebia da população e demonstrou otimismo no avanço do tratamento.

Mesmo durante a pandemia, Covas não havia se ausentado da agenda de prefeito, preferindo conciliar as atividades políticas com o tratamento. Durante o período mais rígido do isolamento social, decidiu se mudar para a sede da prefeitura. Entrou no fim de março e só voltou a dormir na própria casa no início de junho, depois de 70 dias, quando começou a flexibilização. Dias depois, contraiu covid-19 e permaneceu em quarentena, trabalhando em casa. DUrante a campanha para a prefeitura, também se manteve em atividade e foi à rua.

História

Bruno Covas nasceu em Santos, no litoral paulista, era divorciado e pai de Tomás, de 15 anos. Neto do ex-governador de São Paulo Mário Covas, ele pertence a uma família que está na política há décadas.

Economista formado pela PUC e advogado pela USP, Covas já havia sido também deputado estadual e federal, secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo (2011-2014) e presidente da Juventude do PSDB.

Desde outubro de 2019, ele lutava contra um câncer na cárdia, transição entre estômago e esôfago, com metástase no fígado. Durante o tratamento, ele passou por diversas sessões de quimioterapia e imunoterapia apresentando boa evolução.

No entanto, no dia 17 de fevereiro, um novo nódulo foi detectado no fígado mudando os rumos de sua recuperação. "Mais um desafio a ser superado. Vou enfrentá-lo como sempre: confiante, de cabeça erguida e grato pelo apoio e carinho de todos vocês", escreveu Covas.

Em abril, o prefeito passou 12 dias internado. Ele precisou ficar internado mais tempo que o previsto,após serem detectados acúmulo de líquidos ao redor do pulmão e no abdômen e novos pontos da doença no fígado e nos ossos. Ele teve alta no dia 27 de abril e voltou a ser internado no dia 2 de maio, quando anunciou a decisão de se licenciar do cargo de prefeito por 30 dias.

Reeleição

Bruno Covas era prefeito da maior capital do país desde 2018 quando foi eleito como vice-prefeito na chapa de João Doria, em 2016.

Covas foi reeleito para o cargo de prefeito de São Paulo no segundo turno das Eleições Municipais 2020.Ele teve 59,38% (3.169.121) dos votos válidos de acordo com apuração do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O tucano manteve a liderança na votação conquistada no primeiro turno, quando obteve 32,85% dos votos, contra 20,24% de Guilherme Boulos (PSol).

 

R7

 




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