Uma notícia pegou de surpresa funcionários da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Assis, a Apae de Assis, na manhã de ontem, 13 de maio, quando retornaram das férias iniciadas em 13 de abril. Ao chegarem para trabalhar, os funcionários foram reunidos no refeitório, e, pelo menos 21 deles foram demitidos pelo primeiro diretor secretário da diretoria executiva, José Vigilato Ruiz Chéles, que já foi presidente da instituição, presidida atualmente pelo empresário Luís Siqueira.

A demissão, praticamente em massa, foi anunciada às 7h30. A justificativa, segundo informações levantadas pela reportagem, é a pandemia que o país enfrenta e a crise econômica que se abateu sobre a entidade, fundada em 18 de março de 1969, e que, além da ajuda de convênios conta com arrecadação de eventos, não realizados devido à atual situação do coronavírus. 

Foram exonerados, a diretora, professores, motorista, cinco monitores, duas auxiliares de limpeza e uma da lavanderia, uma encarregada da estimulação visual. Não se sabe se mais pessoas serão demitidas. 

Os funcionários receberam o último salário no dia 30 março e foram colocados em férias, sem recebimento algum . Agora demitidos, estão sem rumo e chocados com a decisão, em especial pela dificuldade de novo emprego nesse momento.

Ao todo, são 200 crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais assistidos pela Apae de Assis, com estimulação precoce, educação e assistência social.

A reportagem apurou que a Apae recebe verbas federal, estadual e municipal. Há pouco tempo teria sido feito um empréstimo, ainda não autorizado, e, como garantia, o imóvel localizado na Rua Angela  Rabazzi de Andrade, nº 321, bairro Jardim Paulista, teria sido penhorado. Essa informação não é confirmada. 

Quanto à demissão dos funcionários, a reportagem confirmou com a diretora Juliana Valadão - também exonerada, a qual se mostra desolada e bastante preocupada com as consequencias que essa decisão trará aos assistidos e às tantas famílias desempregadas. 

O exame de demissão começou nesta quinta-feira, 14 de maio.

Essa é uma notícia difícil de ser transmitida pela reportagem, que reconhece a importância da instituição e acredita que, talve,z pudesse ter sido feito algo para impedir a drástica medida. A sociedade assisense tem especial carinho pela Apae, e, muito provavelmente, campanhas pudessem ter sido feitas nesse momento de união de todos. 

O site deixa em aberto o espaço para manifestação da diretoria da Apae, caso julgue necessário se pronunciar. 

Redação Abordagem Notícias.