Grupo de motociclistas assisense é confinado em hotel na Argentina
Eles faziam a Rota 40 e foram obrigados a ficar em quarentena na província de Salta.
(Na foto, os seis da direita é que estão em quarentena)
Por conta das drásticas medidas que envolvem o coronavírus, um grupo de assisenses que entrou no Paraguai no dia 11 de março e se dirigiu à Argentina para fazer a famosa Rota 40, está confinado em um hotel na província de Salta, situada no norte da Argentina, obrigados pela polícia e demais autoridades.
A princípio o grupo tinha oito motociclistas, mas um deles torceu o pé e se separou, bem como outro que o acompanhou. Seis prosseguiram viagem, sendo quatro assisenses: Rafael Piemonte, Gilson Zanoto, Luis Aurélio de Oliveira e Ricardo Vessoni. Esses dois últimos são assisenses, mas atualmente moram em outras cidades.
Rafael conta que estavam hospedados em um hotel, onde ficariam por dois dias, pois uma moto quebrou. Todos perceberam que demais pessoas olhavam para eles com desconfiança, por conta do clima tenso em tempos de coronavírus.
Assim, acabaram abandonando a moto e o dono subiu na garupa de um dos companheiros para voltar ao Brasil, já que “estourou” a pandemia.
Ontem, 17 de março, durante o retorno, os motociclistas pararam para dormir em uma cidade chamada Embarcación, na província de Salta.
Rafael Piemonte, um dos que foram colocados em quarentena
Rafael conta que, já na chegada a um hotel, começou um “fuzuê”. Os assisenses foram cercados pela polícia argentina, autoridade sanitária, enfermeiros, médicos, para ver se tinham algum sintoma do coronavírus.
“Nos fizeram várias perguntas, pegaram os passaportes – mas devolveram, e foram embora. Depois de um tempo, veio um oficial de justiça com determinação de quarentena, que segundo eles teve inicio no dia 11 e deverá ser cumprida até o dia 25. No dia 26, se não tivermos sintomas, poderemos continuar a viagem de volta pra casa”, contou à reportagem Abordagem.
Confinados no hotel, praticamente vazio, ninguém pode sair para nada. Tudo que precisam tem de ser solicitado a um policial que faz escolta o tempo todo.
“Ontem pedimos pizza, e, agora de manhã, serviram café pra gente. Nenhum de nós tem qualquer sintoma da doença, mas eles estão sendo bem rigorosos para a contenção do coronavírus. Estamos sendo bem tratados”, garante.
O grupo não vê a hora de voltar para casa, depois dessa viagem insólita.
Documento expedido sobre a ordem de quarentena
Abordagem Notícias
Fotos cedidas por Rafael Piemonte
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