Dois adolescentes invadem escola em Suzano (SP), matam 9 e ferem 10
Ainda são bem poucas as informações passadas à imprensa.
Uma tragédia marca o município de Suzano, na grande São Paulo, na manhã desta quarta-feira, 13 de março.
Informações preliminares dão conta de que dois adolescentes invadiram a Escola Estadual Raul Brasil, atingiram a diretora – que não resistiu aos ferimentos. Os dois atiradores se mataram em seguida.
Segundo informações da Polícia Militar de São Paulo, ao menos cinco crianças morreram em decorrência do ataque. O Corpo de Bombeiros está no local, bem como as polícias de Suzano.
Por enquanto não há informações sobre as identidades das vítimas e dos assassinos; tampouco a motivação para tamanha atrocidade.
ATUALIZAÇÃO:
A polícia identificou os dois atiradores que mataram pelo menos oito pessoas na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, Grande São Paulo. Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos cometeram suicídio em seguida.
Antes de invadirem a escola estadual Professor Raul Brasil, os dois foram até um lava jato e atiraram no dono do estabelecimento. A informação foi divulgada pelo coronel Marcelo Salles, comandante da Polícia Militar de São Paulo, em entrevista coletiva, na instituição, por volta do meio dia desta quarta-feira (13).
"Foram dois atiradores que foram num lava rápido aqui em frente à escola e atiraram em um homem. Esse senhor está sendo submetido a uma cirurgia na Santa Casa de Suzano neste momento", disse coronel.
Após os disparos na oficina, os atiradores entraram na escola pela porta da frente e atiraram na coordenadora pedagógica e em outra funcionária. Uma parte dos alunos estavam em intervalo de aulas.
"Os estudantes estavam na hora do lanche, eles foram ao pátio, atiraram em mais quatro alunos do ensino médio. Só tinham alunos do ensino médio. Depois, eles foram ao centro de línguas. Os alunos se fecharam na sala com a professora e eles se suicidaram no corredor", detalhou o comandante da PM.
Ainda segundo Salles, foram encontradas quatro peças de plásticos para recarregamento de armas. Foram usadas no ataque uma arma de calibre 38 e besta (arma medieval com flecha).
Dentro da escola também foram encontradas artefatos que podem ser explosivos, por isso o esquadrão antibombas está no local fazendo uma varredura.
Na coletiva, o governador de São Paulo, João Dória, disse que ficou chocado com a cena. "Foi a cena mais triste que eu já vi. Eu fico muito triste que um fato como esse ocorra no nosso país. Deixo meu sentimento às famílias".
Barricada
Duas merendeiras contaram como conseguiram salvar alguns estudantes enquanto os atiradores abriam fogo na escola.
"A gente só ouvia muitos tiros e muito desespero. Nós abrimos a porta da cozinha para entrada dos estudantes. Quando os tiros começaram a se aproximar, nós fechamos e colocamos uma geladeira atrás da porta para evitar que eles entrassem. Nós tivemos a ideia de colocar o freezer para proteger a janela.
A mãe de uma aluna do centro de idiomas da escola estadual contou que a filha estava em horário de aula quando os dois adolescentes chegaram. Ela recebeu uma ligação da filha pedindo socorro.
"Eu fiquei sabendo porque ela me ligou e me disse: 'mãe, corre pra cá porque tá tendo tiroteio'. Ela estava gritando. A sorte que um vizinho estava perto e me trouxe. Eu disse pra ela procurar um lugar seguro. Eu peguei carona com uma outra mãe pra chegar", contou Rose.
Para evitar que fossem baleados, eles seguraram a porta da sala. "Ela estava no período de aula e ouviu o barulho e disse que era tiro, mas a professora disse que era bombinha. Só que a professora fechou a porta e saiu. Só que logo a professora voltou correndo, fechou a porta e ficou segurando a porta, porque eles tentaram entrar na sala dela", completou Rose. Fonte: Correio*
Luiz Henrique de Castro, tinha 25 anos, e Guilherme Taucci Monteiro, 17.
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