Nesta semana, a Fundação Educacional do Município de Assis apresenta a exposição “Caos e Arte”, parceria inédita entre as áreas de Fotografia e Física. As imagens mostram o desenho feito por um pêndulo em movimento.

“Como unir caos e arte? Essa foi a proposta que norteou a realização desse trabalho”, conta o professor Cleiton Lattari, das graduações de Análise de Sistemas e Ciência da Computação, que assina a exposição ao lado do professor Paulo Henrique Miguel, um dos coordenadores do curso de Fotografia.

As fotografias captadas representam o comportamento do espaço de fase de um pêndulo caótico, quando submetido a dois imãs, em forma circular fixos. Junto ao pêndulo, foram associadas lâmpadas LED nas cores vermelha, azul, amarela e verde.

“Para produzir as imagens, uma câmara digital foi instalada em um tripé, sob o experimento, com tempo de exposição de 30 segundos e diafragma F:16 e ISO 100, utilizando-se uma lente objetiva de 24 mm”, explica Paulo Miguel.

O embrião da ideia de utilizar os recursos da Fotografia em experimentos da Física, lembra Cleiton Lattari, surgiu há pelo menos cinco anos. “Em um trabalho de PIC, um dos meus alunos estudava o movimento caótico. O Paulo Miguel nos sugeriu usar um espelho para fazer uma imagem ‘sobressaltada’. Foi daí que avançamos e veio a ideia de usar uma técnica inovadora”.

O resultado apresentado revela ainda a importância da interdisciplinaridade entre áreas de conhecimentos distintas. “O trabalho tem esse cunho. O ensino e a aprendizagem da Física unida à Fotografia valorizam conceitos de ambas as áreas”, ressalta Lattari.

A exposição “Caos e Arte” está instalada no campus da Fema, entre o Anfiteatro e a entrada da Biblioteca. Além disso, uma das imagens, resultado da nova técnica de estudo do espaço de fase do pêndulo caótico, foi inscrita em concurso de fotografia científica promovido pelo CNPq, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Assessoria de Comunicação