Exército de Israel convoca residentes brasileiros para defender o país
Mais de 360 mil pessoas já foram convocadas para o front de batalha.
As Forças Armadas israelenses convocaram brasileiros que moram lá para defender o país.
Em Israel, ninguém estranha o cotidiano do Exército na rede social. É que é vestindo farda que todo jovem entra na vida adulta.
“Coisa que muita gente espera, coisa que muita gente treina pra isso e pra mim é um orgulho muito grande poder servir um país que me deu tanto”, contou Paula Frenkel, militar do exército israelense.
No Brasil, não sabemos o que é viver numa região de guerras, com ameaça constante nas fronteiras com vizinhos. E precisamos nos esforçar para entender a relação do povo israelense com as Forças Armadas, muito próxima. Lá, o Exército é compulsório. A partir dos 18, mulheres servem por dois anos e homens, por quase três. E é também um Exército popular não só com militares profissionais. Na guerra, o governo conta com grande efetivo e enorme mobilização pela defesa do território. A caminho do front, ja são 360 mil convocados, entre reservistas e da ativa. Brasileiros entre eles.
“ A coisa mais importante de fazer é lembrar meu treinamento e cuidar dos meus amigos, cuidar dos meus comandantes. Espero que tudo dê certo”, afirma Daniel Judkowicz, militar do exército israelense.
Sabrina foi chamada na noite desta segunda-feira (9).
“Eu tenho medo de estar aqui no meu telhado e de ver um míssil, de não ter falado tchau para os meus pais porque eles estão no Brasil. Eu moro aqui sozinha e é muito triste isso”, contou Sabrina Cherman, sargento do exército israelense.
Um advogado tem três meninos na guerra.
“A conversa com meus filhos dura de 30 segundos a 1 minuto, 1 minuto e meio. Eu tenho um filho que ele tem um cargo que não pode contar absolutamente nada pra mim, relatou o advogado Marcelo Podegaietz.
Mas até quem está longe, no Brasil, não foge de enfrentar o terror.
“Eles fizeram a parte deles, eles me chamaram, mandaram mensagem. E agora eu tenho que fazer minha parte de tentar localizar um voo para poder ir pra lá”, disse o brasileiro Rafael Tabajuihanski, militar do exército de Israel.
O cientista político André Lajst explica que esse é um sentimento de pertencimento.
“O exército tem gente de todas as idades. Até 60, 65 anos. Tem gente que se voluntaria até depois da idade obrigatória de reserva que é 45 anos para homens. E isso faz desse ambiente, um ambiente muito comum, onde todo mundo é igual", explica André Lajst .
Fonte: G1 - Foto Ilia Yefimovich/picture Alliance via Getty Images
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