Ex-jogadora de vôlei e campeã olímpica, Walewska Oliveira morre aos 43 anos
No início do ano, a ex-atleta lançou sua biografia, intitulada de Outras Redes.
A ex-jogadora de vôlei, Walewska Moreira de Oliveira, morreu aos 43 anos na noite de quinta-feira (21), após cair do 17º andar do prédio onde morava, em São Paulo. A ex-atleta conquistou o ouro com a Seleção Brasileira Feminina nas Olímpiadas de Pequim, em 2008, e estava aposentada desde 2022, quando encerrou a carreira no Praia Clube. A causa da morte foi divulgada no boletim de ocorrência do caso. A polícia investiga a possibilidade de suicídio.
O boletim de ocorrência cita que a gestora do empreendimento relatou que Walewska teria se jogado do 17° andar (área de Lazer). Uma unidade de resgate tentou reanimar a vítima, mas foi constatado o óbito no local. A área de lazer, que fica no 17º andar do condomínio, possui câmeras no corredor e seu acesso se dá apenas pelos moradores por uma porta de vidro que possui biometria facial. O sistema de monitoramento teria gravado Walewska entrando na área de lazer sozinha às 16hs50m.
A ex-jogadora também se destacou nos jogos de Sidney, em 2000, quando ganhou o bronze, e disputou as Olimpíadas de Atenas, em 2004.
No início do ano, lançou sua biografia, intitulada de Outras Redes, na qual narrou sua trajetória até as quadras. Ela também fez o documentário O Último Ato.
No último dia 20, ela deu uma entrevista ao podcast Ataque Defesa, do jornalista Alê Oliveira, e falou sobre os planos para o futuro. A ex-jogadora tinha seu próprio podcast, o Olympic Mind, projeto em parceria com a terapeuta Margareth Signorelli.
Nesta semana, Walewska esteve em alguns eventos na capital paulista. Ela também se encontrou com o técnico Abel Ferreira no Centro de Treinamento do Palmeiras.
Vida e carreira
Walewska nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais. Saiu de casa aos 12 anos e foi de ônibus até o primeiro teste de vôlei. Ela jogou em vários clubes ao longo da carreira, como Minas, Osasco e Praia Clube.
A ex-atleta foi convocada para a Seleção Brasileira pela primeira vez em 1997, por Bernardinho. Com o técnico, ela conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999, e o bronze na Olimpíada de Sidney, em 2000. Depois, conquistou mais títulos sob o comando de Zé Roberto.
No Praia Clube, ela se reafirmou como uma das maiores centrais da história do vôlei brasileiro. Na temporada 2017/2018, foi o pilar da primeira conquista do clube na Superliga. Depois, passou um ano vestindo a camisa do Osasco, mas retornou à cidade mineira para seus últimos anos como profissional.
Homenagens
Amigos e fãs lamentaram a morte de Walewska nas redes sociais. O Praia Clube publicou uma nota de pesar. "O vôlei brasileiro e a comunidade esportiva perderam uma verdadeira lenda, e nossos pensamentos estão com a família e amigos neste momento difícil", iniciou a nota.
Sheilla Castro, da seleção feminina de vôlei, compartilhou uma foto com Wal no lançamento do livro dela em Belo Horizonte: "Walzinha, você sempre foi um exemplo para mim dentro e fora das quadras. Dor é grande demais. Agora o luto é diferente pela sua partida precoce".
A ex-jogadora olímpica e atriz Lica Oliveira também lamentou a morte. "Muitas preces por você, por seus familiares, amigos(as) e fãs. Família voleibol em luto", disse.
Walewska deixa o marido, Ricardo Mendes, com quem era casada há 20 anos. Ele foi empresário da atleta e a ajudou a gerenciar a carreira no auge. A ex-atleta não teve filhos.
Se você está atravessando um momento difícil e precisa de ajuda, ligue para o CVV (Centro de Valorização a Vida), no número 188, e receba apoio emocional e prevenção do suicídio. A ligação é sigilosa e gratuita para todo o território nacional.
Fonte: redação, com informações noticiasdatv.uol
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