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LOCAL • 19/10/2024 às 02:31

Mãe denuncia falta de apoio individualizado aos filhos autistas em escola de Assis

A Secretaria Municipal de Educação rebate as críticas.

Mãe denuncia falta de apoio individualizado aos filhos autistas em escola de Assis

Franciele Teodoro da Silva, mãe de Brenda e Breno, respectivamente com seis anos, e quatro anos e nove meses, decidiu procurar o portal Abordagem para relatar uma situação que a tem preocupado, com relação à EMEIF Prof.ª Hilda Miras Silveira, em Assis, onde seus filhos estudam.

A mulher descreve que as crianças são autistas, suporte 1, o que demanda cuidados e atenção específicos durante o período escolar. Além disso, a menina Brenda está em processo de avaliação para diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Um dos principais problemas apontados pela mãe é a falta de professores e funcionários para atender adequadamente as necessidades das crianças. Segundo ela, ambos estudam em período integral, mas Brenda só tem suporte especializado até às 11h30, o que prejudica seu desenvolvimento e acompanhamento educacional.

Outro ponto destacado é a recente saída de uma estagiária responsável pelo cuidado e suporte ao Breno. Segundo avalia a mãe, a ausência desta profissional tem impactado negativamente no comportamento do filho, já que não houve a substituição.

Outro problema relatado por Franciele, é que os estagiários, que deveriam dar atenção direcionada aos seus filhos, dividem os cuidados com outras crianças. Ela afirma que já reclamou da situação, mas nada foi resolvido. “Eu não vou me calar, trata-se dos meus filhos. Acredito que todo autista tem o direito de um auxiliar/professor, mas eles, da Secretaria de Educação, sempre têm argumentos, mas nunca solucionam o problema, então cansei de conversar e implorar por um atendimento digno. Nossos autistas precisam de atenção individualizada, mas essa lei não está sendo cumprida”, frisa.

Versão da Secretaria Municipal de Educação 

Procurada, a Secretaria Municipal de Educação se pronunciou sobre a denúncia da mãe em relação à falta de apoio individualizado para as crianças autistas. De acordo com Rosemeire dos Santos, que é assessora técnica da SME, a falta momentânea de suporte foi ocasionada pela exoneração de um profissional de apoio, porém, já está em andamento o processo de contratação de uma nova pessoa para auxiliar o menino.

Além disso, a SME esclareceu que a menina, cujo caso é mais grave, recebe apoio adequado através de uma professora especializada, participa de atividades extracurriculares, por isso há dias em que fica fora da escola.

A secretária Municipal de Educação, Dulce Andrade Araújo, disse que a SME leva a sério o compromisso com a inclusão e o suporte às crianças autistas e destaca a importância de um diálogo constante com as famílias para garantir as melhores práticas educacionais para cada aluno. Segundo afirma, a equipe está empenhada em solucionar quaisquer problemas relacionados ao apoio individualizado, buscando sempre oferecer uma educação inclusiva e de qualidade, e pede que a mãe procure a secretaria, que disponibilizará um supervisor para verificar possíveis desvios de atenção.

Já, Rosemeire cita: “Esses irmãos são acompanhados, conforme o direito que têm. A Brenda tem uma professora auxiliar e, no período da tarde, uma estagiária bolsista, nos dias em que fica na escola, pois ela (aluna) participa de projetos e sai para atendimento do AEE. Quanto ao Breno, a bolsista pediu para sair, no dia 15 de agosto. Saiu a baixa dela e a vaga está para atribuição, mas existem os tramites legais para o processo seletivo”.

Rosemeire frisa que a criança não deixou de ter atenção especial: “No momento, o Breno é atendido na escola, por professora da sala, agente escolar, auxiliar de desenvolvimento”, relata.

Sobre estagiários de apoio individualizado dividir a atenção com outras crianças a SME afirma que isso ocorre ocasionalmente. “A Brenda tem professora de manhã e a tarde uma bolsista que atende ela e mais um menino autista, mas não no mesmo dia. Não procede que o bolsista atende mais crianças. Se isso está acontecendo, essa mãe precisa vir aqui na Secretaria, informar a situação e um supervisor vai verificar a situação, ou seja, se o bolsista é desviado da função especifica”, finaliza.

Fonte: REdação - foto cedida pela mãe das crianças




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