Na quarta-feira, 30, a Polícia Federal apreendeu, na zona rural da cidade de Paraguaçu Paulista, um helicóptero que era utilizado por um grupo criminoso para o tráfico de drogas. Antes desse, dois outros foram apreendidos em Anicuns, região oeste de Goiás, no dia 11 de agosto.

A apreensão faz parte de uma investigação em andamento que busca combater o tráfico internacional de drogas.  As aeronaves eram abastecidas durante os voos para agilizar e disfarçar o esquema. Segundo a PF, carregar galões e abastecer um helicóptero no ar nessas condições é considerado um atentado à segurança do transporte aéreo. Isso porque, como se trata de produtos combustíveis altamente inflamáveis, em caso de um pouso forçado, há grandes chances de uma explosão acontecer.

A Polícia Federal está empenhada em identificar todos os envolvidos nesse crime, inclusive aqueles responsáveis pela lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. As investigações concentram-se no combate ao tráfico de drogas internacional por meio de transporte aéreo, especificamente o uso de pistas clandestinas.

De acordo com a PF, a apreensão do terceiro helicóptero aconteceu em uma fazenda, onde a primeira aeronave apreendida também teria pousado antes de chegar em Goiás. A suspeita é que o helicóptero tenha pousado durante o final de semana e tenha trazido drogas do Paraguai. Durante a operação, no entanto, não foi apreendida nenhuma quantidade de drogas e nenhum suspeito.

O esquema?

A PF começou a investigar o caso para coibir o tráfico internacional de drogas pelo ar, com o uso de pistas clandestinas. A partir de desdobramentos, descobriu que o grupo criminoso em questão usa helicópteros para trazer cocaína do Paraguai para Goiás.

Do estado goiano, o grupo passa a distribuir a droga para outros estados. Cidades do interior de São Paulo, por exemplo, fariam esse entreposto, segundo as investigações.