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POLÍCIA • 20/10/2024 às 23:57

IEPÊ: Viúva de fazendeiro e envolvido no crime irão a júri popular

Paião sobreviveu à emboscada, mas foi assassinado no hospital pelo amante da mulher, um PM.

IEPÊ: Viúva de fazendeiro e envolvido no crime irão a júri popular

A justiça decidiu que a viúva, Elisângela Silva Paião, e o funcionário público municipal, Fabrício Severino Gomes Merilis, irão a julgamento em júri popular pela emboscada que vitimou o fazendeiro Airton Braz Paião. O crime ocorreu no dia 21 de setembro de 2022, em Iepê. A mulher, segundo apurado em inquérito policial, seria a mentora do crime. 

Os acusados foram submetidos a uma audiência de instrução, resultando na sentença de pronúncia dos réus. Agora, será aberto prazo para recurso e, após o trânsito em julgado, será agendado o júri popular. Os dois, que seguem presos, respondem por tentativa de homicídio qualificado.

O fazendeirao levou quatro tiros na cabeça e uma facada nas costas e se fingiu de morto para pedir socorro, e, no hospital, ainda consciente, relatou sobre o que viu. Três dias após a emboscada, ele foi assassinado a tiros pelo policial militar, Marcos Francisco do Nascimento, dentro da Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, onde estava internado. O motivo seria um relacionamento amoroso entre a viúva e o policial.

Caminhonete do fazendeiro (foto cedida pela Polícia Civil)

 

Dos fatos:

Após a ocorrência de uma emboscada que resultou na morte do fazendeiro Airton Braz Paião, no dia 21 de setembro de 2022, na Rodovia SP 421, KM117, Iepê/SP, a polícia instaurou um Inquérito Policial para apuração dos fatos. O crime foi registrado como roubo qualificado devido à lesão grave sofrida pela vítima.

Ao chegar ao hospital onde Paião foi internado, a equipe policial constatou que ele estava em estado grave, com quatro ferimentos de projétil de arma de fogo na região da cabeça, ferimento na mão e um nas costas. O fazendeiro estava consciente e autorizou a entrada da equipe policial na sala de emergência para ser entrevistado.

Durante a conversa, Paião relatou que estava trocando mensagens com uma mulher chamada "Sara Maria" no WhatsApp desde o dia 14 de setembro. Segundo ele, a mulher o contatou inicialmente, enviando uma mensagem de "bom dia". Eles mantiveram vários diálogos, e no dia da emboscada, ela pediu ajuda alegando problemas mecânicos em seu carro na Rodovia SP 421, próximo à rotatória que leva ao Distrito de Gardênia.

Paião dirigiu-se ao local para prestar ajuda e encontrou o carro parado próximo a um canavial. Ao descer de seu veículo, dois indivíduos encapuzados surgiram do canavial e atiraram contra ele, além de desferirem um golpe de faca em suas costas. Antes de perder a consciência, ele conseguiu apontar as características do veículo envolvido na emboscada.

No dia seguinte ao crime, a equipe de investigação encontrou a caminhonete da vítima abandonada dentro do canavial. Em seguida, os investigadores iniciaram diligências para localizar o veículo utilizado pelos criminosos. Após um trabalho investigativo, descobriu-se que o carro envolvido era um Escort Azul, com placa preservada, apresentando sinais de queimaduras do sol no capô e em toda a lataria, como Paião havia relatado.

Ao entrar em contato com o proprietário do veículo, ele informou que já havia vendido o carro e que o último proprietário conhecido seria o policial militar Marcos Francisco. No dia 23, o carro foi localizado, preservado e submetido à perícia antes de ser apreendido.

No dia seguinte, o soldado Marcos Francisco entrou na Santa Casa de Presidente Prudente por volta das 10h30min, afirmando ser policial, e disparou tiros contra o paciente. Após isso, usou a mesma arma e se matou. 

A mulher do fazendeiro fugiu, mas foi presa, no dia 24 do mesmo mês, em Londrina-PR. Elisângela compareceu à delegacia da Polícia Civil de Londrina acompanhada de advogados, momento em que houve o cumprimento do mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça paulista. O Ministério Público de SP representou pela prisão.

 

Manifestação dos advogados de Fabrício Severino Gomes Merilis


No dia 17/08/2023, o juiz decidiu que ambos os réus, Fabrício Severino Gomes Merillis e Elisangela Silva Paião, devem ser julgados pelo Tribunal do Júri. O juiz acredita que eles cometeram os crimes de homicídio tentado, usando motivos torpes e dissimulação. Eles continuarão presos até o julgamento. 
Os advogados do réu não concordam com a decisão de mantê-lo preso. Hoje, contataram a reportagem para informar que irão recorrer às instâncias superiores, por acreditarem que o cliente é inocente e, afirmam, provarão isso  durante o julgamento, já que, conforme nota (abaixo) defendem que não há nenhuma evidência da participação do Fabrício Severino Gomes Merillisno crime.
"Para proteger a dignidade do nosso cliente, decidimos não recorrer da decisão de levá-lo a julgamento perante o Tribunal do Júri. Vamos esperar a sentença final e, em seguida, apresentar evidências para provar sua inocência. Durante o julgamento, iremos argumentar perante o Conselho de Sentença (jurados) que nosso cliente é inocente e merece ser libertado imediatamente.".

 


 

Fonte: Redação - fotos cedidas pela polícia




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