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SAÚDE • 18/10/2024 às 00:02

Risco de AVC é maior no inverno

O AVC é uma alteração do fluxo sanguíneo dentro do cérebro.

Risco de AVC é maior no inverno

Casos de infarto e AVC crescem durante o inverno. Isso acontece nessa época, pois há a tendência de alterações circulatórias, como o aumento da pressão arterial. Para controlar a temperatura corporal, o organismo promove uma vasoconstrição dos vasos sanguíneos e a pressão pode subir para quem já apresenta o problema.

A hipertensão arterial já é uma preocupação antiga. Ela é uma doença crônica que atinge milhões de pessoas no mundo. Os riscos de uma pressão descontrolada são muitos e um dos mais graves é o Acidente Vascular Cerebral que pode ser tanto hemorrágico como isquêmico. Isso ocorre, pois, a pressão alta provoca um aumento do fluxo sanguíneo e como as artérias do cérebro não conseguem se dilatar, há um rompimento ou entupimento das veias.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o AVC é considerado uma das maiores causas de morte e incapacidade adquirida em todo o mundo. Também conhecido como derrame, é a causa mais frequente de óbito na população adulta no Brasil e consiste no diagnóstico de 10% das internações hospitalares públicas.

Especialistas apontam que nove em cada dez casos estão relacionados com fatores de risco que podem ser prevenidos, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo e sedentarismo.

O AVC é uma alteração do fluxo sanguíneo dentro do cérebro. Cerca de 15% dos casos ocorrem por extravasamento de sangue em alguma região do cérebro, provocando um coágulo, esse é o AVC hemorrágico. Os outros 85% acontecem por falta de sangue em alguma região do cérebro, provocando o AVC Isquêmico. O socorro imediato pode reduzir ou atenuar as sequelas - até 4h30min após o início dos sintomas o paciente tem 30% mais de chances de obter bons resultados - que caso aconteçam serão tratadas com fisioterapia, sessões de terapia da fala e sessões de estimulação cognitiva. A cada minuto sem tratamento 1,9 milhão de neurônios são perdidos.

 Segundo o neurologista André Lima, diretor da Neurovida, embora a maioria dos acidentes vasculares ocorra nas pessoas com mais de 65 anos (o risco é 30 a 50 mil nesta faixa etária), hoje existe um aumento abrupto dos casos de AVC entre pessoas na casa dos 35 e 55 anos. As vítimas jovens de derrame se beneficiam mais do tratamento imediato. É importante que se conheça os sintomas iniciais que são perda súbita de força e formigamento no rosto, braço ou perna de um lado do corpo; dificuldade de falar; perda de visão repentina em um dos olhos; dor de cabeça e sem causa aparente e vertigem ou dificuldade de caminhar.


“O AVC atinge mais o sexo masculino e está crescendo entre as mulheres, principalmente no período da menopausa. Uma pessoa que fuma tem 50% a mais de chance de ter um AVC, tanto o hemorrágico como o isquêmico. Uma pessoa que já teve AVC tem grandes chances de desenvolver outro. É muito importante descobrir a causa do primeiro para prevenir o segundo, que na maioria dos casos, possui sequelas mais graves” finaliza André Lima.

Fonte: assessoria de imprensa




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