É realizada nesta teça-feira, 18, audiência do caso Nair Pontes, atropelada e morta em Paraguaçu Paulista-SP aos 50 anos de idade. A família esperava que o crime fosse qualificado como feminicídio, mas o acusado será julgado apenas por homicídio simples. A audiência de hoje terá a presença da Juíza de Direito, Aline Amaral da Silva, que irá colher os depoimentos de uma testemunha de acusação, um dos filhos de Nair e o próprio acusado, que responde ao processo em liberdade. 

O assassinato de Nair Pontes completou dois anos no último dia 29 de maio. Na ocasião, a Polícia Civil de Paraguaçu Paulista foi acionada para atender a ocorrência de um corpo encontrado em um terreno baldio. Após os laudos periciais, a autoridade policial indiciou o suspeito e o caso foi remetido à justiça. O Ministério Público ofereceu denúncia contra o acusado, que irá responder por homicídio qualificado.

A investigação demandou um intenso trabalho da equipe policial, que conseguiu identificar o autor por meio de uma análise minuciosa das câmeras de segurança das imediações onde o corpo de Nair foi encontrado. A vítima foi atropelada por um veículo de grande porte e seu corpo foi encontrado com sinais de violência e sem as vestes da parte de baixo. 

Foto divulgada em redes sociais.

Em agosto de 2021, um grupo de mulheres se reuniu na Praça da Matriz em Paraguaçu Paulista pedindo justiça pela morte da servidora pública. Durante o protesto, elas exibiram cartazes com os dizeres: “Vidas pretas importam”, “Não foi acidente” e “Queremos justiça”.

Nair Pontes era servidora pública municipal e trabalhava no Departamento de Obras da Prefeitura. Ela era solteira e deixou cinco filhos. A família espera que o acusado seja julgado e condenado pelo crime cometido contra Nair, buscando justiça para a vítima e a punição adequada para o autor. A audiência de hoje é um passo importante nesse processo de busca por justiça.