Acusado muda a versão de cochilo ao volante; mãe de Catarina lê carta tocante
MP quer o acusado no banco dos réus, por homicídio qualificado com dolo eventual.
A audiência que visava apurar as responsabilidades no acidente que vitimou fatalmente Catarina Mercadante Leite do Canto, de 22 anos, moradora de Assis, foi realizada nesta segunda-feira, 17 de maio, por meio de videoconferência. O acusado de ter causado o acidente e levado Catarina à morte, Luís Paulo Machado Almeida, hoje com 21 anos, se negou a responder as perguntas do Ministério Público e do advogado Assistente de Acusação, Caisê Pinheiro, e somente respondeu ao juiz e à defesa. Ele mudou sua versão inicial de ter cochilado ao volante, para, agora, alegar que a faixa contínua não estava visível durante a ultrapassagem. Uma das testemunhas declarou ter desviado o seu carro da caminhonete dirigida pelo acusado, que vinha em ultrapassagens pela contramão de direção, pouco antes de a mesma sorte não ter tido a universitária Catarina, que teve o carro violentamente atingido e morreu presa às ferragens.
O carro dirigido por Catarina ficou destruído - foto divulgação
Durante a audiência, a mãe da vítima, Mana Mercadante leu uma carta emocionada endereçada ao juiz Adugar Quirino do Nascimento Silva Júnior, enquanto o pai, Juliano Mercadante, leu uma carta enviada à família pela Unimar, onde Catarina estudava Medicina. (leia ao final da matéria)
As alegações finais foram apresentadas de forma oral, com o Ministério Público e o advogado da acusação pedindo que o réu seja pronunciado pelo crime de homicídio qualificado com dolo eventual, para que o caso seja remetido ao julgamento pelo Tribunal do Júri.
A defesa pediu um prazo de cinco dias para apresentar suas alegações finais por escrito, e a decisão judicial deverá ser proferida ainda este mês. A expectativa é que o réu seja pronunciado pelo crime pelo qual é acusado.
A morte de Catarina ocorreu na noite de 30 de janeiro de 2023, na Rodovia Rachid Rayes (SP-333), em Echaporã (SP), quando retornava de Assis para Marília para as aulas do quarto ano de Medicina, sozinha, dirigindo o seu carro, um Polo.
O acidente com o trágico resultado causou grande comoção na cidade de Assis, e a espera por justiça tem sido angustiante para familiares e amigos de Catarina.
Cartas
Fonte: Redação
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