Em seis de outubro tem 'júri pesado' em Paraguaçu Paulista
O caso é da família queimada dentro do porta malas do próprio veículo.
O plenário do Fórum da Comarca de Paraguaçu Paulista certamente estará lotado no dia 6 de outubro, a partir das 9 horas, quando o advogado assisense Roldão Valverde fará o que considera o júri mais difícil de sua carreira, que por sinal é bastante longa e de sucesso.
O caso que mais uma vez vem à tona é o da família que foi barbaramente executada em Paraguaçu pelos indiciados Fábio Pissoli Vicente, Rivaldo Alexandre de Paiva e Talita Batista de Andrade. Os três, segundo apurado durante o processo criminal e constante nos autos, mataram uma família inteira, sendo os integrantes, José Aparecido Alves (40 anos), a esposa dele, Roseli Teixeira Alves (36 anos), e a filha de ambos, Cíntia Teixeira Alves (17 anos). Ainda segundo os autos do processo, os três foram mortos por asfixia, com um cordão de secador de cabelos, dentro da casa onde moravam,
Depois, pai, mãe e filha foram colocados no porta malas de um Corsa, carro esse de propriedade da família.
O veículo foi levado até as proximidades da Pedreira Siqueira, na Água do Capivara, onde foi ateado fogo. O que sobrou dos três corpos, carbonizados, coube em um único caixão. O crime abalou não só a cidade e região, mas o Brasil todo que teve conhecimento através da mídia, devido à ampla divulgação do caso.
Os réus Fábio e Talita, já foram julgados pelo Egrégio Tribunal do Júri de Paraguaçu Paulista. Ele foi condenado a 69 anos de reclusão; ela, a 66 anos. Segundo a denuncia todos tiveram a mesma participação nos três homicídios, sendo Fábio o mentor.
Roldão conta que a mãe de Rivaldo, estando muito doente, pediu a ele que fizesse a defesa de seu filho, já que é muito pobre e não tem condições de arcar com as despesas do Júri. "Estou fazendo o Juri, gratuitamente. Sei que vou ser criticado por alguns idiotas e fracassados, que não conhecem o juramento do advogado, mas estou fazendo uma caridade à mãe do acusado Rivaldo. O advogado de coragem, e capaz, mostra suas qualidades nos momentos difíceis que enfrenta em sua carreira", expôs o advogado.
O CRIME
Por volta das 13h30 do dia 14 de setembro de 2013, um pescador passava por uma área de canival quando percebeu um Chevrolet Classic, com placas de Paraguaçu Paulista, incendiado na estrada rural do bairro Água do Capivara e acionou o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar.
Pouco depois, ao verificarem o veículo, policiais militares e civis descobriram ossadas de três pessoas no porta-malas. Junto aos restos mortais, foram localizados brincos e relógios.
Os corpos foram levados ao IML de Assis. Juntamente com a placa do veículo, as joias encontradas auxiliaram na identificação das vítimas, que eram o pintor José Aparecido Alves, a taxista Roseli Teixeira Alves e a estudante Cintia Teixeira Alves, 17, respectivamente pai, mãe e filha, moradores do Conjunto Habitacional Mário Covas, também em Paraguaçu Paulista.
Carro onde a família foi completamente queimada.
O crime foi motivado por uma briga entre vizinhos, sendo o pivô a estudante Cintia. Os primeiros suspeitos Fábio Vicente e Rivaldo Alexandre de Paiva, vizinhos das vítimas, só foram encontrados por meio de ligações que foram feitas do número do celular de Roseli Teixeira Alves, uma das vítimas. O desentendimento entre as duas famílias já foi até caso de polícia. Cintia e a irmã de Fábio já teriam brigado por conta de um antigo namorado dela. Por isso, as famílias das duas se desentenderam e foram parar na delegacia. Além disto, Rivaldo também seria o suspeito de perturbar a família de Aparecido.
Os três assassinos.
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