A equipe jurídica da MC Pipokinha, como é conhecida a cantora de funk Doroth Helena de Sousa Alves, usou as redes sociais da artista para emitir um pronunciamento em relação ao cancelamento de uma série de shows após falas polêmicas da funkeira sobre salários dos professores. Em Assis o show será realizado na FICAR, na noite deste sábado, 11, pela "República Paranóica", composta de unespianos. As atrações não se concentram apenas na polêmica funkeira. 

O comunicado da equipe diz que MC Pipokinha foi "tomada por emoção" ao ler um comentário deixado em uma caixa de perguntas no Instagram, onde uma fã contava que discutiu com a professora por conta da funkeira.

Como resposta, a cantora disse que a fã não deveria brigar com a professora, já que ela teria o poder de "prejudicar" a aluna com mais trabalhos. Depois, MC Pipokinha debocha do trabalho e do salário dos professores, dizendo que ganhava até R$ 70 mil com seu show, enquanto os profissionais da educação recebiam muito menos.

"Ser professora tem que amar muito a profissão, porque ouve desaforo dos filhos dos outros, tem nada pra fazer em casa mesmo, tem que ser professora. E ainda receber o que um professor recebe, que é quase nada. Professor é humilhado pra c... só de ser um professor", afirmou a funkeira.

E completa: "Meu baile está R$ 70 mil: 30 minutinhos no palco, eu ganho R$ 70 mil. Ela não ganha nem R$ 5 mil sendo professora às vezes. Precisa estudar muito".

A equipe jurídica da cantora afirma que ela "infelizmente, vem sofrendo inúmeros ataques gratuitos na internet, em razão de ser atuante em questões de empoderamento feminino e por estar em constante crescimento na mídia, e ao ouvir palavras supostamente ditas por outra mulher, se expressou de maneira dúbia, dando assim, chance para interpretações pejorativas e que foram distorcidas de sua real intenção".

O comunicado vem depois de uma série de cancelamentos de apresentações que MC Pipokinha faria em diversos estados. Contratantes cancelaram shows no Espírito Santo, Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Norte.

A polêmica teve início após viralizar nas redes sociais, no último final de semana, um vídeo da cantora recebendo sexo oral de uma fã, que estava completamente nua, enquanto fazia um show. Agora, ela foi envolvida com o crime de zoofilia.

Autodominada “rainha da putaria”,  Pipokinha surgiu num vídeo brincando com filhotes de gato, que foi publicado na plataforma OnlyFas, da qual ela tem perfil. Nas imagens, a MC aparece sentada, usando shorts e sutiã, enquanto brinca com dois felinos filhotes. Um dos bichinhos lambe os seios da cantora.

“Não é para mamar meu peito”, diz ela ao animal enquanto filma a cena.

A situação repercutiu na web. Vários muitos internautas apontaram que MC Pipokinha cometeu zoofilia e ressaltaram o fato dela ter sido publicado na plataforma de serviço por assinatura.

Denunciada pela polícia

Natural de Cândido Mota, Matheus Laiola, que é delegado da Polícia Civil do Paraná e deputado federal (União-PR), disse que denunciou  MC Pipokinha à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal (MPF) por zoofilia. Ele afirmou que sugeriu que a PF peça a prisão preventiva da funkeira.

“Não podemos normalizar a zoofilia, que é um ato abominável! Pipokinha cometeu um crime e deverá responder por isso. Tolerância zero para quem pratica zoofilia”, disse Laiola.

Justicicativa para o show em Assis

Em um vídeo publicado nas redes sociais da "República Paranóica" é justificado que se tornou inviável o cancelamento da apresentação da MC Pipokinha, sendo o principal motivo, financeiro. O show já foi pago e os ingressos, vendidos. 

É explicado que ela fará a apresentação às 19 horas, com cerca de 45 minutos de duração, e que o evento é muito maior do que esse show, que quando fechado, não trazia uma carga polêmica negativa. 

O evento denominado "Line Up", tem mais de 15 apresentações artísticas, divididas em dois palcos, montados na FICAR. A funkeira se apresentará no palco Neverland.