Lavoura em terreno do Residencial Aprumar pode render cerca de R$ 120 mil
O local foi destinado à construção de casas do programa Minha Casa Minha Vida.
Numa área do perímetro urbano do município de Assis, perto do antigo Frigorífico Cabral, que mede 4,8042 alqueires, ou 11,626164 hectares, onde deveriam estar morando 239 famílias sorteadas no Residencial APRUMAR, do programa, Minha Casa, Minha Vida, atualmente existe uma lavoura de soja.
Ao invés de o programa ‘Minha Casa, minha vida’, a área pode estar sendo usada como ‘Minha soja, minha vida’, como ironiza o jornalista Reinaldo Nunes, o Português.
Sorteadas em 28 de maio de 2017, num grande evento no ginásio de esportes Jairão, que contou com a presença do atual prefeito e ex-presidente da APRUMAR, José Aparecido Fernandes, algumas famílias decidiram ocupar a área para pressionar as autoridades a darem início ao empreendimento residencial.
Passados seis anos da data do sorteio, as 239 famílias não sabem porque ainda não estão morando em suas casas e muito menos quem está plantando e quem estará colhendo e vendendo a soja.
Um produtor rural, ouvido pelo Jornal da Segunda, calcula que numa área com essas medidas é possivel colher uma safra de 720 sacas de soja.
De acordo com a cotação da Coopermota divulgada na sexta-feira, dia 3 de março, uma boa safra numa área com essas dimensões, com uma colheita de 720 sacas, deve render aproximadamente R$ 115 mil.
Na mesma área, uma lavoura de milho renderia cerca de R$ 14 mil com a comercialização de 200 sacas, segundo a mesma cotação.
Caso a APRUMAR tenha plantado ou permitido o plantio na mesma área nos últimos cinco anos, com as safras anuais de soja e milho, as colheitas podem ter rendido cerca de R$ 650 mil.
OCUPAÇÃO – Cansadas de esperar, dezenas de famílias sorteadas para ter direito a uma casa do Residencial APRUMAR decidiram ocupar a área no sábado, dia 25 de fevereiro. Elas prometem permanecer no local até que alguém informe quando começarão as obras.
O prefeito e ex-presidente da APRUMAR, José Fernandes, entrevistado pela Rádio Difusora, disse que pretendia esquecer e jamais falar sobre o assunto e acusou os moradores de ‘desocupados’.
O prefeito alega que o ex-presidente Bolsonaro abandonou o projeto ‘Minha Casa Minha Vida’ e sugeriu que os manifestantes procurem o Governo do presidente Lula.
Fonte: Jornal da Segunda
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