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LOCAL • 24/09/2016

Fé move peregrinos a irem, a pé, até Bandeirantes

O Santuário São Miguel Arcanjo completa 4 anos e fieis comemoram

Fé move peregrinos a irem, a pé, até Bandeirantes

A fé realmente move. Prova disso é a coragem de centenas de peregrinos que deixaram Assis logo pela manhã deste sábado, 24 de setembro, em direção à Bandeirantes, no Paraná, onde está localizado o Santuário São Miguel Arcanjo Bandeirantes, que comemora quatro anos de existência no dia 29 deste mês.

A previsão é que os devotos cheguem hoje à noite ao Porto Almeida. O grupo deve chegar a Bandeirantes, por volta das 15 horas de amanhã.

O Santuário São Miguel Arcanjo, em Bandeirantes, é o terceiro maior do mundo. O templo, hoje, possui um valor enorme na cidade de Bandeirantes, pois além de representar a fé e a devoção, atrai fiéis de toda a parte do país.Só no primeiro ano de funcionamento, mais de 150 mil pessoas passaram pelo lugar. Os assisenses carregam, cada qual, seu pedido e agradecimento ao santo, que tantos milagres têm feito, segundo frequentes testemunhos.

A assisense Rose Silveira, que faz parte do que os fiéis católicos chamam "exército", faz o seguinte pedido ao Santo: "São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, livrai-nos de todo mal, guiai-nos e protegei-nos nesta peregrinação, para que todos nós possamos chegar sãos e salvos no Vosso Santuário e que tenhamos um dia de muitas curas, libertações e bençãos neste domingo! Glorioso São Miguel, intercedei por nós junto a Deus Pai, para que cada irmão alcance a graça de que necessita! Amém!"

Acompanhe a saída do grupo, e, abaixo das fotos, saiba mais sobre São Miguel.

 

 

SOBRE SÃO MIGUEL ARCANJO

 

A exclamação “Quem como Deus?” É um grito de humildade e de obediência em defesa dos direitos divinos e consta cinco vezes na Sagrada Escritura: Dn 10, 13; 10, 22;12,1, Ap 12,7; Jd 9. Somente na carta de Judas, Miguel é chamado arcanjo, enquanto São Paulo (1 Ts 4, 16) o designa com esse apelativo, sem o seu nome próprio. [saomiguel1]
A Igreja, desde os tempos antigos, professou a Miguel um culto especial, chegado bem rápido do Oriente ao Ocidente, onde surgiram importantes igrejas e santuários dedicados aos arcanjos. Os mais célebres são o santuário de Monte Santo Ângelo sobre o Gargano e o de Mont-S. Michel-au Péril-de Mer na Normandia. Pio XII proclamou Miguel patrono dos radiologistas.

 

Várias são as funções atribuídas a Miguel. É chama “turiferário”; “psicagogo”, isto é, guia das almas ao Juízo Divino; “pescador de almas”, por isso vem frequentemente representado por uma balança na mão. Mas a missão principal do arcanjo é aquela de protetor da Igreja e defensor da cristandade.

Recordou-nos ainda, não faz muito tempo, João Paulo II, peregrino ao Santuário de São Miguel no Gargano: “Estou feliz de encontrar-me entre vocês, à sombra deste santuário de São Miguel Arcanjo, que há quinze séculos é a meta de peregrinação … Neste lugar, como já fizeram no passado tantos do meus predecessores na cátedra de Pedro, eu também vim para venerar e invocar o Arcanjo Miguel, para que proteja e defenda a Santa Igreja num momento em que é difícil professar um autêntico testemunho cristão com compromissos e sem acomodações.

Viva e nunca interrompida a visita de peregrinos ilustres e humildes que, da alta Idade Média até os nossos dias, fez deste santuário um lugar de encontro de orações e de reafirmação da fé cristã.” João Paulo II também disse o quanto a figura do Arcanjo, que é protagonista em tantas páginas do Antigo e do Novo Testamento, deve ser sentida e invocada pelo povo e quanto a Igreja tem a necessidade da sua celeste proteção: dele, que vem representado na Bíblia como o grande lutador contra o Dragão, o chefe dos demônios na dramática descrição do Apocalipse: a história da queda do primeiro anjo, que foi seduzido pela ambição de se tomar como Deus. Daí a reação do Arcanjo Miguel de reivindicar a unidade de Deus e sua inviolabilidade.

Embora fragmentárias, as notícias da revelação sobre a personalidade e o papel de Miguel são muito eloquentes. Ele é o arcanjo que reivindica os direitos inalienáveis de Deus. É um dos príncipes do Céu, o protetor de Israel, de onde sairá o Salvador. Agora o novo povo de Deus é a Igreja. Eis a razão pela qual essa o considera como seu próprio sustentador em todas as suas lutas para a defesa e a difusão do Reino de Deus sobre a Terra. É verdade que “as portas do inferno não prevalecerão”, segundo a afirmação do Senhor (Mt 16,18), mas isso não significa que esteja isenta das provas e das batalhas contra as investidas do maligno. Nessa luta, o Arcanjo Miguel está ao lado da Igreja, para defendê-la contra todas as iniquidades do século; para ajudar os fiéis a resistir ao diabo que, como leão a rugir, procura a quem devorar. A essa luta nos reporta a figura do Arcanjo Miguel, a quem a Igreja, seja no Oriente quanto no Ocidente, nunca cessou de tributar um culto especial.

Todos recordam a prece que, anos atrás, se rezava ao final da Santa Missa: Sancte Michael Arcangele defende nos in proelio; “daqui a pouco, a repetirei em nome de toda a Igreja”.

As aparições de Miguel tiveram um papel importante na vida e na singular missão de Santa Joana D’Arc, a Virgem de Orleans, a libertadora da França da invasão inglesa, que assim testemunhou diante dos juízes no processo movido contra ela: “foi Miguel quem vi diante dos meus olhos e não estava só, mas acompanhado por anjos do Céu. Eu os vi com os olhos físicos tão bem corno vejo vocês. E, quando me deixaram, chorei e teria gostado que me levassem com eles”.

São Francisco de Assis, nos informa Tomás de Celano, repetia frequentemente que se deve honrar em modo mais solene o Beato Miguel, porque é responsável pela apresentação das almas a Deus. Por isso, em honra de São Miguel, entre a festa da Assunção e a sua, jejuava com a máxima devoção quarenta dias. E dizia: “cada um, para a honra do tão glorioso príncipe, deveria oferecer a Deus uma homenagem de louvor ou qualquer outro presente particular”.




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