O Conselho Tutelar de Assis elaborou um projeto denominado “Centros para Criança, Adolescente e Juventude” e o entregou aos candidatos a prefeito de Assis. O objetivo é que o eleito possa colocar em funcionamento este projeto que tem como característica tirar a criança e o adolescente da rua, oferecendo um espaço de estar, de convívio e de participação para ambos os sexos, em horários alternados ao da escola ou diversificados e flexíveis. O Conselho entregou uma cópia do projeto ao promotor de Justiça da Vara da Infância e Juventude de Assis, Carlos Rinard, que elogiou a atitude do órgão em passar um documento com estas características aos candidatos a prefeito.

A meta do projeto é oferecer proteção social, como serviço de ação continuada às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, assegurando espaços de referência e de participação, de relações de afetividade, de respeito e de autoridade que garantam a participação de seu universo de trocas culturais, o acesso à tecnologia e a experimentação da participação na vida pública.

De acordo com o presidente do Conselho Tutelar de Assis, Sérgio Domingos Vieira, os candidatos receberam bem o documento e prometeram colocar em prática, avaliando o seu custo. Entretanto, o dirigente do Conselho Tutelar lembrou aos candidatos que tal projeto pode ser colocado em prática com verbas do Estado e do governo federal. Além disso, foi lembrado que em algumas cidades que já o colocaram em prática, o resultado é extremamente positivo.

Os Centros para Criança, Adolescente e Juventude funcionariam 12 meses ao ano, com um mês de férias coletivas, com uma carga horária de 40 horas semanais dividida em dois períodos diários que compõem 20 horas semanais cada um, em horário alternado ao do período escolar (devendo ser considerado o horário dos sistemas de ensino) sendo opcional (considerando as condições de segurança e econômicas da organização) a abertura aos finais de semana, articulando as parcerias locais como, por exemplo, as unidades de educação, de esporte, de cultura, etc. As ofertas de atividades para os adolescentes devem ter horário flexível, não demandando compromisso para todos os dias da semana.

A admissão de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco social é feita por meio de encaminhamento do CRAS, após discussão com os profissionais que atuam nos centros ou por acesso direto ao serviço, devendo este compartilhar as informações com o CRAS.

De acordo com Sérgio Vieira, a realidade das crianças e dos adolescentes em Assis hoje é muito grave, destacando que muitos adolescentes são vítimas da criminalidade e do tráfico de drogas justamente porque não têm um espaço adequado para realizar inúmeras atividades nas áreas de esportes, cultura, etc. Diante disso, ele lembrou que  o Conselho Tutelar guarda grande expectativa para que o candidato eleito coloque em prática este projeto. 

Foto meramente ilustrativa.