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SAÚDE • 26/12/2022

Baby blues ou depressão pós-parto? Como diferenciar?

Especialista da Faculdade de Medicina da USP fala sobre o assunto.

Baby blues ou depressão pós-parto? Como diferenciar?

Durante a gravidez muitas mulheres sofrem com as alterações frequentes de humor. Porém, essas mudanças repentinas também podem acontecer no pós-parto. Sentir melancolia e tristeza é normal nos primeiros dias, pois há uma mudança de papeis, a mulher deixa de ser filha, empresária e esposa, por exemplo, para ser mãe.

 

Durante essa transição ouvimos muito falar em depressão pós-parto e baby blues, porém, são situações diferentes, como explica a cirurgiã ginecológica, médica assistente da Faculdade de Medicina da USP do Setor de Uroginecologia, Dra. Débora Oriá.

 

“Apesar de apresentarem sintomas semelhantes, existem fatores importantes que diferenciam uma da outra, como o tempo de duração e a forma de comprometimento do vínculo entre a mãe e o bebê”, explicou.

 

Baby blues

O baby blues aparece logo após o nascimento do bebê e tem duração de duas ou três semanas. A oscilação de humor acontece entre momentos de tristeza e ansiedade.

 

“A responsabilidade com o bebê e a mudança de como a mulher enxerga a si mesma podem contribuir para o surgimento do baby blues. As causas também podem estar relacionadas ao próprio parto, como ter tido alguma intercorrência que afetou a saúde da mulher e até dificuldade de amamentar”, explica a cirurgiã ginecológica.

 

Como se trata de uma situação passageira, não é necessário tratamento com medicamentos. No entanto, a rede de apoio é muito importante nesse momento. Encontre formas que eles consigam te ajudar tanto com as novas emoções, como com a nova rotina.

 

Depressão pós-parto

Já na depressão pós-parto, os sintomas persistem por mais tempo e são mais intensos, não sofrendo tanta alteração. De acordo com a evolução da doença, a relação da mulher com o bebê pode ser prejudicada.

 

“Normalmente as mulheres que desenvolvem depressão pós-parto são aquelas que já apresentaram quadro de depressão anteriormente, que não possuem rede de apoio ou que já sofreram aborto e gravidez de risco”, contou.

 

Assim que for diagnosticada a depressão, procure ajuda médica, pois ela pode influenciar até no desenvolvimento do bebê. De acordo com a situação da mulher, o tratamento será feito com medicação e ajuda psiquiátrica.

 

A especialista ainda ressalta que a maternidade é muito romantizada e com isso algumas mulheres têm dificuldade de falar sobre o assunto. Lembre-se de que depressão pós-parto não é frescura e não tenha vergonha de falar sobre o que está sentindo e nem de pedir ajuda.

 

Sobre a especialista: Dra. Débora Oriá se especializou em Cirurgia Ginecologia e Uroginecologia no Hospital das Clínicas (USP). Trabalha como médica da equipe de Uroginecologia do Departamento de Ginecologia do Hospital das Clínicas, médica preceptora da Residência Médica em Ginecologia do Hospital das Clínicas, ginecologista do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês e obstetra do corpo clínico da Pro Matre Paulista. @dradeboraoria

Fonte: AGA Comunicação - foto internet




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