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SAÚDE • 19/10/2024 às 03:13

Conheça os alimentos que impactam positivamente nas suas emoções

Especialista em nutrologia cita alguns alimentos que impactam positivamente nas emoções.

Conheça os alimentos que impactam positivamente nas suas emoções

Quem nunca buscou o conforto do chocolate, o estímulo do café ou o poder relaxante de um chá de camomila? Esses comportamentos sintonizam-se com o conceito mood food ou alimentos de humor, que vem ganhando destaque na busca de compensações na alimentação para um estilo de vida agitado.
 

A dificuldade em expressar os próprios sentimentos pode guiar para tal quadro, no qual a comida exerce o papel de calar as emoções. Através da busca pelo prazer oral, seguido de preenchimento de um vazio emocional, o alimento faz o papel de compensador emocional.
 

O imenso universo de percepções e sentimentos ainda é pouco explorado, mas na última década, principalmente, o estudo das emoções e do humor, associadas aos alimentos, vem ganhando força dentro do campo da ciência sensorial. As pesquisas têm procurado entender e desvendar, com maior profundidade, a influência das emoções evocadas pelos alimentos como motivadoras para a escolha de alimentos.
 

Historicamente falando, as pessoas se alimentam pelas mais diversas razões, que não apenas as necessidades biológicas. Por ser um sinônimo de prazer e diversas outras sensações, comer guarda uma profunda relação com a forma de se expressar. E, a partir dessa relação, o alimentar-se não se restringe apenas a necessidades energéticas e nutricionais, mas abrange ainda as necessidades afetivas que utilizam a comida como fonte de compensação.
 

O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo comenta que essa compensação alimentar em muitos casos pode acabar se agravando e desenvolvendo um descontrole que passa a ser frequente e, em casos extremos, é ingerido mais alimento do que o próprio corpo suporta. Pacientes compulsivos relatam a perda de controle, dizem que repetem e repetem, sem conseguir parar. Muitos continuam a comer até o estômago não suportar mais a quantidade de comida e, então, vomitarem.
 

A forma como o paciente enxerga o próprio corpo, questões emocionais como depressão, ansiedade e estresse e, ainda, fatores biológicos como uma falha no hipotálamo (região do encéfalo que produz importantes hormônios e também atua na regulação da temperatura, sede e apetite do indivíduo), podem funcionar como “gatilhos” para que o paciente desenvolva o transtorno de compulsão alimentar.
 

Alguns estudos relatam, ainda, que as dietas rígidas podem ser agravantes do quadro, pois suas grandes restrições levam as pessoas a terem impulsos para comer. Isso, por sua vez, pode levar à compulsão alimentar.

Para um tratamento eficaz, indica-se a busca por uma equipe multidisciplinar: médico endocrinologista, nutrólogo, nutricionista, psiquiatra e psicólogo, além de um local para realização de atividades físicas.
 

Uma alimentação mais consciente e equilibrada ajuda na tomada de decisão e principalmente no controle sobre nossas emoções. Deve-se considerar que a alimentação é mais que um modo de absorção de nutrientes, pois ela também é tradição, educação e fonte de prazer.
 

O médico Dr. Ronan Araujo cita alguns alimentos que impactam positivamente nas emoções e irão te ajudar a ter uma melhor qualidade alimentar, confira:
 

Carboidratos complexos:
Estes carboidratos contêm mais nutrientes do que os carboidratos simples e, por terem mais fibras, demoram mais a serem digeridos.
 

Eles também ajudam a estabilizar os níveis de açúcar no sangue, o que pode ajudar no humor, já que a flutuação da glicose no sangue pode levar a alterações bruscas e te deixar irritado e com pouca energia. Alguns exemplos são semente de abóbora, maçã, grão-de-bico, morango e aveia.
 

Proteína magra:
A proteína é necessária para ter níveis de energia saudáveis. Ela demora mais do que o carboidrato para ser digerida, mantendo o nível de açúcar do sangue equilibrado e fornecendo energia por mais tempo.
 

Ela também afeta os hormônios que controlam a saciedade, então, quando você se alimenta com o suficiente, não ficará irritado por sentir fome.
 

Uma boa aposta desses alimentos é o ovo, fonte de tiamina e a niacina (do complexo B), responsáveis por aumentar o bom humor. Além de salmão, lentilha, frango e carnes magras (com menos gorduras e colesterol).
 

Gordura saudável:
O ômega 3 faz parte das membranas das células, principalmente do cérebro. Por isso, alimentar-se de salmão e sardinha pode ajudar a melhorar o humor.
 

Além do ômega 3, as gorduras não saturadas presentes em abacates, azeitonas e castanhas podem ajudar com inflamações e na diminuição da pressão arterial, o que é importante para a saúde do cérebro.
 

Comer gordura saudável também auxilia a manter a imunidade alta. Alimentos como o abacate, sardinha, azeitonas, tofu e chocolate amargo.
 

- Castanhas-do-pará, nozes e amêndoas: são fontes de selênio, um antioxidante, que colabora na redução dos sintomas da depressão;
 

- Iogurte: é uma fonte de cálcio, que ajuda a diminuir a irritabilidade;
 

- Maçã e laranja: as duas frutas são ricas em ácido fólico, sendo importante para controle da depressão. Além disso, a laranja é fonte de vitamina C, responsável por melhorar o funcionamento do sistema nervoso, diminuindo a fadiga e o estresse;
 

- Melancia, limão, mamão e mexerica: possuem o precursor da serotonina, o triptofano, que regula o humor;
 

- Banana e abacate: têm carboidrato, magnésio, potássio e vitamina B6, que produzem energia e diminuem a ansiedade. A banana é uma excelente fonte de triptofano, um aminoácido essencial, cuja principal função é anteceder o neurotransmissor serotonina. A serotonina desempenha papel importante no sistema nervoso, responsável pela regulação da gênese da fadiga (sono), temperatura corporal, apetite, humor, atividade motora e funções cognitivas.
 

Além do acompanhamento profissional, e mesmo que aos poucos, a mudança do estilo de vida que segue. “É importante praticar exercício físico, ter um bom convívio social, implementar a qualidade de vida, regular o sono, trabalhar a autoestima e o autoconhecimento para, sobretudo, compreender que existem outras formas de contentamento além da alimentação.” finaliza o Dr. Ronan Araujo.

Fonte: rtacomunicacao




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