Professora de Enfermagem da FEMA tem tese de doutorado publicada em revista internacional
Estudo analisou o impacto negativo do uso de contraceptivos na massa óssea de adolescentes.
No último dia 16 de setembro de 2022, a professora do curso de Enfermagem da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA), Dra. Talita Domingues Caldeirão, teve a sua tese de doutorado “Impacto de duas combinações de anticoncepcionais orais de baixa dose sobre a massa óssea de adolescentes: ensaio clínico com dois anos de acompanhamento” publicada em uma revista de renome internacional - a Medicine, no volume 101, edição 37.
Segundo Talita, que fez seu doutorado no Programa de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp/Campus Botucatu), o trabalho estudou a saúde óssea de adolescentes usuárias de contraceptivos, observando o impacto que o uso tem no ganho de massa óssea. “Nós comparamos as duas dosagens diferentes de contraceptivos com um grupo controle que não fazia uso e percebemos que existe um impacto negativo nas pacientes que iniciaram o uso de contraceptivo ainda muito jovens, o que acabou prejudicando o ganho de massa óssea delas, o que pode impactar diretamente na maturidade, aumentando o risco de osteoporose, osteopenia e outras fraturas”, explicou a professora.
Dra. Talita destacou que a defesa de seu trabalho foi realizada em agosto do ano passado e que, durante o desenvolvimento da pesquisa, contou com o apoio da professora Lilian Rodrigues Orsolini, docente dos cursos de Medicina e Fisioterapia da FEMA. “O projeto também fez parte do mestrado dela, fundamental para a execução de todas as etapas desse estudo clínico que foi complicado de realizar, uma vez que precisávamos acompanhar as meninas que participaram mesmo durante a pandemia, o que dificultou bastante a coleta de dados. Era necessário fazer coleta de sangue e submeter as meninas a exames, como a densitometria óssea e raios-x, então foi tudo muito desafiador, pois foi um momento que todos pararam e nós tínhamos que coletar esses dados exatamente naquele período”, completou.
De acordo com a professora, sua pesquisa pode sinalizar que os médicos devem observar com atenção os critérios para prescrever o uso de contraceptivos. “É preciso ver qual é a necessidade que essas meninas têm para usar contraceptivos de maneira precoce, para que elas possam realizar atividades que remediam ou diminuam o impacto negativo dessas substâncias, como atividades físicas regulares e o aumento de ingestão de cálcio, por exemplo, que podem também ajudar a prevenir o risco de fraturas. Isso acaba se tornando um problema importante de saúde pública, pensando principalmente em como diminuir os impactos importantes que pode gerar”, disse Caldeirão.
Além de Lilian, a estudante recém-formada do curso de Medicina da FEMA, Maria Paula Torquato, participou do projeto por meio do programa de iniciação científica da faculdade. “Como tivemos dificuldades em fazer a coleta de dados por conta da pandemia, toda a ajuda que recebemos durante o processo foi fundamental para que o trabalho fosse concluído com a excelência e a qualidade que entregamos. Então, eu quero agradecer a colaboração, a dedicação e o compromisso que todas as pessoas envolvidas neste projeto tiveram, os méritos também são de todos”, finalizou Lilian.
A FEMA parabeniza as professoras e a ex-aluna pela publicação do trabalho na renomada revista científica e reitera o compromisso que a instituição tem com a pesquisa e o desenvolvimento de novas ideias.
Assessoria de Comunicação Fema
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