Família de adolescente morta em Paraguaçu quer explicações
A tia alega que o celular ela desapareceu e as informações do namorado são confusas.
A família de Jhakelyne Cristine Alves da Silva, de 15 anos de idade, que morreu na noite de domingo, 28, na Santa Casa de Misericórdia de Paraguaçu Paulista, cidade onde residia, quer saber o que realmente ocorreu com ela. Isso porque não acreditam que o óbito tenha decorrido de engasgamento com vômito, conforme amplamente noticiado.
Alguns acontecimentos despertam a estranheza da família. O primeiro deles, o desaparecimento do celular da adolescente, que quando passou mal estava acompanhada do namorado, que tem 20 anos, e, de acordo com uma tia da garota, também alega ter perdido o celular. O relacionamento era recente, com menos de dois meses de duração.
Essa tia de Jhakelyne, Elaine da Silva, de 34 anos, entrou em contato com a redação Abordagem e pontuou que tudo está cercado de mistério e a família quer resposta para a tamanha perda.
“Está tudo muito estranho. O celular dela (Jhakelyne) sumiu e, segundo o namorado, o dele também. O carro dele foi levado pra arrumar, pois um tio teria batido o mesmo na volta do pronto socorro. O namorado é quem foi até a casa da minha sobrinha para avisar da morte dela, e contou várias versões, que não batem”, relata Elaine.
Questionada pela reportagem sobre o namorado ter ido ao velório, a tia da garota conta que após muita insistência ele “apareceu” lá, no final da noite de segunda-feira, e não conseguiu explicar o ocorrido. “Ele não atende o celular e, na casa dele, a gente não encontra ninguém. Em uma das vezes em que o pai nos atendeu, disse que ele não estava”.
A mulher prossegue: “Ele não falou com a gente depois de informar que ela morreu. Só mesmo quando viu meu comentário no facebook do site Abordagem que eu queria falar com alguém da reportagem e o citei. Daí, com o celular de outra pessoa, ligou pra gente. Ele fala que a minha sobrinha não bebeu. Nós queremos saber o que houve com uma menina tão nova, que estudava, trabalhava e tinha sonhos”, expõe a tia.
A reportagem procurou a Polícia Civil para ter informações. Segundo o boletim de ocorrência, registrado sob a natureza “morte suspeita/morte súbita sem causa determinante”, na madrugada de segunda-feira, 29, policiais militares compareceram ao Plantão Policial e notificaram que foram acionados para atender ocorrência, sendo que se dirigiram ao Pronto Socorro de Paraguaçu Paulista onde a médica que atendeu a paciente noticiou que Jhakelyne Cristine Alves da Silva havia dado entrada. Ainda segundo os policiais militares, a médica informou que a adolescente sofreu um mal súbito e tinha acabado de morrer.
Segundo os policiais, o namorado informou que o casal tinha ingerido bebida alcoólica com energético, ela teria usado maconha, bem como que passaram o dia no balneário de Borá. O rapaz noticiou que, na volta do balneário, planejavam se reunir na frente da casa dele, mas no trajeto a adolescente passou mal - tremendo os braços e ficando com a boca roxa. Ambos estariam sozinhos nesse momento e ele telefonou a um tio, pedindo ajuda, e a levaram ao Pronto Socorro de Paraguaçu Paulista
Os Policiais Militares noticiaram que não perceberam qualquer lesão que sugerisse violência. Posteriormente, os policiais conduziram o namorado e o irmão da adolescente ao plantão policial de Assis para as providências cabíveis.
Foi expedida requisição para a realização de Exame Necroscópico e Toxicológico, reputando-se ainda que os fatos necessitam de uma melhor apuração com a instauração de Inquérito Policial, tendo em vista a necessidade da oitiva das outras pessoas citadas pelos investigados e que estiveram com a vítima antes do seu óbito, e quando ela passou mal, sendo ainda necessário aguardar-se a conclusão do laudo pericial necroscópico, ainda não estando presentes os requisitos da prisão em flagrante de ninguém.
Jhakelyne teve o óbito confirmado às 23h23 de domingo. O corpo foi sepultado às 9 horas desta segunda-feira, 30, no Cemitério da Paz.
A reportagem não teve como entrar com contato com o namorado dela, haja vista ele ter perdido o celular. Houve tentativa de contato através de um número de celular, com o qual ele falou com a família da garota, mas a ligação cai na caixa postal. O espaço fica aberto para manifestação, caso ele assim desejar.
Redação Abordagem
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