O assisense Josimar Souza Pereira, de 38 anos, tem problema psiquiátrico e recebe tratamento no Ciaps - Centro Integrado de Atenção Psicossocial de Assis. Há algumas semanas seu quadro está agravado, pois a consulta que precisa só foi agendada para o dia 08 de agosto deste ano, o que para quem sofre com algum tipo de transtorno, é, segundo a família dele, um tempo longo demais.
Josimar tem audiência no próximo mês e precisa levar um atestado do médico, pois o advogado está tentando aposentá-lo devido às crises que tem e ao quadro depressivo que já o levou a tentar suicídio.
Já que a consulta com o médico Carlos Eduardo Poletine - de quem já é paciente, só poderá ser feita em agosto, ele quer um encaixe, o que também não está sendo fácil.
Para a mulher de Josimar, que trabalha fora, é muito complicado ter de ir ao Ciaps todos os dias para tentar o atendimento, até porque ele é acometido por crises de ansiedade. Em algumas dessas ocasiões, o paciente precisou esperar de duas a três horas e voltou para casa, completamente irritado, sem passar pelo médico.
A reportagem Abordagem Notícias foi até o Ciaps para ver como o caso poderia ser resolvido. A informação é que realmente referido paciente precisa aguardar a consulta, ou tentar o encaixe.
A psicóloga Denise Teixeira conta que são quatro psiquiatras no Ciaps para atender uma média de 15 pacientes dias, não só de Assis, mas de município de região, havendo uma grande lista de usuários aguardando.
Ela explica que existem vários casos de espera prolongada, e que, no caso de desistência de algum usuário do Ciaps, existe uma triagem de pacientes, de acordo com a prioridade de cada um. A última medicação feita por Josimar foi em fevereiro deste ano, conforme observou na ficha dele.
A família e o próprio paciente apelam à coordenação do Ciaps para que seja feito um encaixe do atendimento, o quanto antes, pois para eles o caso é essencialmente prioritário.