Doação de órgãos salva vidas e é tema de campanha na Santa Casa de Marília
Para sobreviver, a dona de casa passou a depender de diálise e, mais tarde, de hemodiálise.
Voluntárias Maria Izabel Travitzky (fisioterapeuta do Sesmt) e Deborah Milani (encarregada de hotelaria)
Após dez anos de espera, a dona de casa Solange Pereira de Souza, 43, passou por cirurgia e recebeu um novo rim. Ela saiu da fila que atualmente tem 10.030 pessoas no Estado de São Paulo e 19.700 no Brasil. Para que histórias como essa tenham um final feliz, há quatro anos voluntárias da Santa Casa de Marília promovem ações educativas para marcar o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, lembrado nacionalmente no dia 27 de setembro.
Inúmeras causas podem levar uma pessoa à fila de transplantes. No caso de Solange, a doença renal foi descoberta durante uma complicação da gravidez (pré-eclâmpsia, ou seja, hipertensão após a 20ª semana de gestação, associado à perda de proteínas na urina).
Para sobreviver, a dona de casa passou a depender de diálise e, mais tarde, de hemodiálise, um procedimento que limita as atividades diárias do paciente e o torna dependente de uma máquina. O transplante renal foi feito em 2009, a partir do gesto de solidariedade de uma família em luto. A vida de Solange mudou. “Só tenho a agradecer essa atitude. Essa pessoas não me conhecem, não sabiam a quem estavam ajudando, mas no momento de perda tomaram essa decisão”, disse.
SETEMBRO VERDE
A Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) convoca, anualmente, uma grande mobilização que inclui eventos, distribuição de material informativo, palestras e iluminação de prédios públicos, fachadas de instituições de saúde e monumentos.
Há dois anos, a campanha foi reforçada pela lei 15.463/2014, que instituiu no Estado de São Paulo o mês da doação de órgãos (Setembro Verde). Em Marília, desde 2012 a Santa Casa de Misericórdia já divulga o tema por meio da ação das voluntárias Deborah Milani (encarregada de hotelaria) e Maria Izabel Travitzky (fisioterapeuta do Sesmt). A campanha é permanente.
No Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado em julho, Isabel e Deborah acolheram convite do agente de desenvolvimento humano da Cooperativa Sul Brasil, Ezio Kaneno, e distribuíram material educativo para cerca de 250 pessoas que passaram pelo estabelecimento.
Em agosto, com apoio da Uniprime – Cooperativa de Crédito – foram confeccionadas 50 camisetas com o tema “Salve uma vida: Plante essa ideia”. As peças estão sendo vendidas aos funcionários do hospital e os recursos revertidos à confecção de novas camisetas, oferecidas à preço de custo. A iniciativa não visa arrecadação e tem como objetivo promover informação sobre o tema.
As voluntárias também distribuem mudas de árvores, com apoio da Secretaria Municipal de Agricultura (Viveiro Municipal) e os gibis com história em quadrinhos, além de folders com
perguntas e respostas, baseadas nas principais dúvidas observadas nas campanhas anteriores. O impresso foi confeccionado com apoio da Secretaria Municipal da Educação. Mudas de árvores,
Izabel lembra que a sociedade precisa superar o tabu. “É importante lembrar que, em caso de morte encefálica confirmada, a decisão efetiva da doação é dos responsáveis legais. Por isso, precisamos falar do assunto com seriedade aos familiares. O diálogo hoje entre pais e filhos, cônjuges e familiares pode salvar muitas vidas amanhã”, alerta Izabel Travitzky.
Mais informações sobre programação, aquisição de camisetas e apoio à causa na Santa Casa de Marília podem entrar em contato pelo telefone (14) 3402-5555, ramais 5562 ou 5661, com Deborah ou Izabel. Para saber mais sobre o tema, basta acessar o site www.abto.org.br
Fonte: Assessoria de imprensa - imprensa@santacasamarilia.com.br
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