Caso FEMA: DEIC de Presidente Prudente está em diligências em Assis
O 1º de Julho começa com buscas e apreensões na Fundação e residências.
O 1º de Julho, aniversário de 117 anos de Assis, começa com investigações envolvendo a FEMA – Fundação Educacional do Município de Assis, pela Polícia Civil de Presidente Prudente, através da DEIC - Divisão Especializada de Investigações Criminais. São quatro os mandados de buscas e apreensões, sendo cumpridos na FEMA, em dois endereços residenciais do presidente do Conselho Curador da referida instituição, Arildo Almeida (em Assis e Presidente Prudente), e do diretor executivo, Eduardo Augusto Vella.
A reportagem Abordagem Notícias falou diretamente com o delegado Divisionário da DEIC, José Carlos de Oliveira Junior, que já foi delegado Seccional de Assis.
Ele explicou que, pelo fato de muitos professores da FEMA serem autoridades públicas, o Ministério Público local, através do promotor de Justiça, Fernando Fernandes Fraga recebeu as denúncias de supostas irregularidades, com documentos considerados de grande relevância, e requereu que o inquérito policial fosse conduzido pela DEIC, para que haja total transparência nas investigações.
As equipes, hoje em Assis, têm à frente o delegado Claudinei Alves, titular da 3ª Delegacia de Homicídios, de Presidente Prudente, que cuida dos crimes de lavagem de dinheiro.
“Temos na DEIC um setor especializado em crime organizado e lavagem de dinheiro. Nessa primeira diligência estão sendo recolhidos computadores e outros materiais para investigações. O juiz do caso será de Assis, mas as medidas cautelares foram deferidas, ontem, pelo juízo para ocorrerem aqui por Presidente Prudente”, explica o delegado Oliveira Júnior.
O dia de hoje foi escolhido para as diligências, por ser feriado em Assis, e a FEMA estar sem professores e alunos.
A CPI
A Fundação Educacional do Município de Assis (Fema) é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta pela Câmara de Assis (SP) na sessão do dia 21 de junho de 2022. O prazo para conclusão dos trabalhos foi estipulado em 180 dias.
Fazem parte da comissão os vereadores Fernando Sirchia (PDT) como presidente, Jônas Campos (Republicanos) como relator e a vereadora Vivane Del Massa (Progressista) como membro.
São apuradas denúncias envolvendo falta de transparência em contas, possíveis fraudes no pagamento de salários, suposta falsificação de documentos públicos e eventual direcionamento de licitações. Entre outras coisas, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Assis é gerida pela Fema com parte da verba repassada pela prefeitura.
Em nota, a Fema afirma que "repudia todo e qualquer ato de corrupção e declara, publicamente, à CPI, que não há nenhuma ilegalidade ou qualquer irregularidade nos processos de contas, pagamento de salários, documentos públicos e licitações".
O texto diz ainda que a Fema "continua empenhada em demonstrar transparência" em seus processos e que se coloca à disposição para eventuais esclarecimentos.
Em entrevista, há poucos dias, ao site Abordagem Notícias, o presidente do Conselho Curador da FEMA, Arildo Almeida, disse que preza pela transparência e que irá colaborar com as investigações. Ele, inclusive, se mostrou surpreso com a instauração da CPI.
Redação e fotos Abordagem Notícias
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