Dia dos Advogado: Carlos Pinheiro, um marco na OAB
Na foto com o filho, Caisê, atual presidente da OAB de Assis.
Quem vê o advogado Carlos Pinheiro na situação de profissional bem sucedido, com carreira, consolidada e gozando de uma vida social privilegia da, não imagina seus percalços.
Filho de um paulista (Belmiro Pinheiro) e de mãe imigrante (Irene da Fonseca Pinheiro), o advogado tem origem bastante humilde e precisou trabalhar muito, desde criança, passando por empregos pesados muito, desde criança, gos pesados, em uma época em que não era crime ajudar os pais em diferentes serviços, como borra cheiro, cobrador de ônibus, ajudante em ferro velho, caminhoneiro e faxineiro no prédio Vieira Dias, onde tem algumas salas e hoje está confortavelmente instalado em um andar do escritório Pinheiro & Constantino Sociedade de Advogados.
Estudar não foi fácil, já que trabalhar era a prioridade. Mas o esforço e determinação foram preponderantes para a carreira de sucesso como advogado criminalista, inclusive premiado por atuações em dois casos de grande repercussão nacional: O sequestro do banqueiro Antônio Beltran Martinez, ocorrido em São Paulo, em 1986; e a prisão de um médium, em Goiás, que cortava as pessoas. Ele de fendeu os acusados dos crimes, com sucesso.
Os casos valeram o reconhecimento da ACRI MESP - Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo, que lhe concedeu o título, inédito, de melhor advogado criminalista do ano 1993.
O brilhante advogado, nascido em três de setembro de 1944, que chegou a Assis no ano 1951, conseguiu uma grande proeza em seus 45 anos de serviços prestados à advocacia. Para quem nem pensava em ter a profissão atual, esse baluarte do Direito Criminal conseguiu nada menos do que sete mandatos como presidente da OAB 27 Subseção Assis, sendo duas vezes vice-presidente. Tem 31 anos na diretoria da OAB e por três vezes, foi Conselheiro Estadual. Um currículo para poucos da área jurídica! "A carreira do advogado é tão brilhante quanto à do médico. O médico cuida da vida, o advogado, da liberdade", reflete.
Maria Heloísa Afonso Pinheiro e Carlos
Em 24 de janeiro de 1970, Carlos Pinheiro casou-se com Heloísa Affonso Pinheiro. Da união nasceram Fabiane Affonso Pinheiro (fisioterapeuta), Carlos Henrique Affonso Pinheiro, o Caisê (advogado e atual presidente da OAB local) e Marcelo Affonso Pinheiro (administrador de empresas e agente da FIFA).
Chegar à carreira de advogado não foi nada fácil, num período em que tinha de trabalhar o dia
inteiro, ajudando o pai em uma borracharia e, posteriormente, tendo de deixar os estudos, quando o pai comprou uma linha intermunicipal de ônibus e o colocou como cobrador, em período integral. Depois desse trabalho, o adolescente foi parar em um ferro velho, como empregado, e ali ficou até os 17 anos Do ferro velho, tirou um grande aprendizado, foi dirigir caminhão. Com 18 anos e 10 dias conseguiu a primeira CNH e foi trabalhar nas estradas. A primeira viagem do jovem motorista se compara a uma odisseia. O caminhão foi carregado em Assis, seguiu para Joinville-SC, Salvador-BA, Fortaleza-CE, seguindo para a grande São Paulo, em um tempo em que GPS era algo inimaginável de existir.
Formatura, em 1974
Foi uma viagem com cerca de 40 dias, em estradas de muita terra e pouco asfalto. De caminhoneiro empregado, Pinheiro vendeu um terreno e passou a ser sócio, tendo o próprio caminhão. Com muita labuta, o jovem chegou a ter 10 caminhões, entre idas e vindas, transportando farinha de ostras.
Com o tempo, voltou a vontade de estudar e fez Madureza (um curso de educação de jovens e adultos, que ministrava disciplinas dos antigos ginásio e colegial, basicamente um supletivo de hoje).
Com o certificado do curso em mãos, no mesmo ano prestou vestibular para História na Faculdade de Filosofia , Ciências e Letras de Assis, hoje Unesp. Chegou a passar pelo trote estudantil, mas desistiu antes de começar as aulas, pois percebeu que ser historiador não estava em seu destino.
Foi em 1971, em Marilia, na Faculdade Euripedes Soares da Rocha, hoje Univem, no curso de Direito, que encontrou a verdadeira vocação. Ali ingressou na faculdade, viajando todos os dias. Parou de trabalhar com o caminhão e montou uma peque na fábrica de carrocerias.
Feito isso, em 1975 começou a advogar. Logo foi eleito presidente da OAB. Depois vieram mais seis mandatos, tendo terminado o último em 2018.
O reconhecimento de seu valor, pela Câmara Municipal de Assis, lhe valeu titulo de cidadão assisense. Pinheiro foi procurador da Prefeitura local por quatro anos, de 1977 a 1980, na administração de Reinaldo Silva.
Em 1995, foi o para o Conselho Estadual, sendo o primeiro da região a assumir um cargo na OAB de São Paulo.
Mesmo com a dedicação aos cargos, Pinheiro sempre se dedicou aos júris e só exerce o Direito Criminal, atualmente, sobretudo fora de Assis
O que falta conquistar: "Com a idade que tenho, não tenho pretensão de conquistar mais nada. Lutei muito, tenho orgulho de todos os trabalhos pelos quais passei, e consegui construir a vida que queria dar para os meus filhos", finaliza
Texto extraído do livro Histórias da Nossa Gente
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