Constelação Familiar: A mãe e o seu papel na vida e no sistema familiar
São vários os conflitos entre mães e filhos que podem ser resolvidos com a terapia da constelação.
Você já ouviu falar em Constelação Familiar, uma terapia já adotada pelos meios jurídicos? Tem curiosidade em conhecer? Em Assis, a terapeuta Patrícia Ireno, que presta consultoria em Saúde & Bem Estar, com direcionamento físico/emociona/mental/ vibracional, há anos realiza as sessões de constelação e tem ajudado várias pessoas a resolverem conflitos, já que Constelação Familiar e Sistêmica identifica emaranhamentos nas relações interpessoais, especialmente dentro da família.
Procurada pela reportagem, por conta da proximidade do Dia das Mães, Patrícia fala da importância da figura materna. “Os nossos antepassados, em especial a mãe é figura central na vida de qualquer pessoa. Nossa vida se inicia dentro dela, e a nossa caminhada é muito influenciada pela cultura da nossa criação e dos valores repassados, não só por ela, mas igualmente pelo pai”, cita.
Patrícia, que é enfermeira, psicoterapeuta holística integrativa, consteladora familiar, practitioner barra de access explica que a Constelação Familiar – que pode ser individual ou em grupo, ajuda o paciente a ver e aceitar a sua mãe do jeito que ela é, tirando qualquer cortina de expectativa criada ao longo da vida.
De acordo com Bert Hellinger, autor da constelação familiar, a importância da mãe é tão grande que os indivíduos que possuem entraves na relação terão dificuldade de progredir se não resolverem a questão, que muitas vezes está no inconsciente e vem à tona durante a constelação.
“A mãe é a primeira conexão que temos com outro ser humano, e essa conexão é importante para nos definir como indivíduos, é preciso ver a mãe como ela realmente é. Dessa forma, tendo expectativas realistas, o indivíduo saberá lidar melhor com as adversidades da vida e terá menos conflitos em relacionamentos. Nesse contexto, os aprendizados e vivências de nossas mães são passadas para seus filhos através da memória celular e da conexão metafísica do sistema familiar”, explica.
Resolvendo conflitos
Como o terapeuta da Constelação Familiar ajuda o seu paciente a ver a sua mãe de forma real, e não como idealiza, é muito possível que ao fazer o exercício proposto na terapia, perceba que seus problemas podem ser vistos em sua mãe também.
“Assim, da mesma forma que o filho, a mãe seguiu a vida tentando lidar com a imagem que tinha da mãe dela. Uma mãe idealizada tem a solução para tudo, porém, uma mãe real vive errando e aprendendo como todos nós. A frustração da mãe idealizada pode fazer com que o filho tenha medo de assumir responsabilidade na vida. Por isso, para resolver o conflito, o primeiro passo é encontrar a sua mãe real. Enxergá-la pelo que ela é trará um alívio grande”, esclarece.
A terapeuta observa que, ao vir ao mundo no seio de uma família, não se herda somente um patrimônio genético, mas também sistemas de crenças e esquemas de comportamento, sendo a família um campo de energia no interior do qual se evolui. Cada um, desde seu nascimento, ocupa um lugar único.
“Nós somos mantidos em nosso campo familiar pessoal e individual em nível determinado, que trava ou faz crescer a nossa disposição para ser feliz, escolher livremente, ter êxito naquilo que empreendemos, para fazer durar os relacionamentos agradáveis, a saúde, o bem-estar e também as doenças. Acontece que experimentamos o sentimento de termos sido mantidos nos esquemas problemáticos desde tempos imemoriais. As constelações familiares nos dão a oportunidade de compreender os esquemas em seu nível mais profundo. Elas permitem que nos libertemos, ao mesmo tempo que encontramos a paz e a felicidade”, pontua.
De acordo com Patrícia, a natureza do campo de energia familiar é determinada pela história da família, principalmente sua religião e suas crenças. O país de origem, a religião em meio à qual de nasce, também desempenham um papel. Essa natureza é moldada por acontecimentos marcantes, como a história dos relacionamentos dos pais e dos avós, morte de uma criança muito nova, aborto, parto prematuro, adoção, suicídio, guerra, exílio forçado, troca de religião, incesto, antepassado agressor ou vítima, traição, ou mesmo a confiança.
As ações generosas e altruístas dos pais e dos antepassados são saudáveis, enquanto suas más ações modificam o campo energético familiar, obrigando as gerações posteriores a pagar o preço.
Entre as más ações estão: adquirir bens de forma duvidosa, trapacear ou roubar, pertencer a uma corporação cuja função envolve matar (como o exército, por exemplo), as diferentes formas de violência, a internação psiquiátrica ou a prisão de membros da família, os acidentes que terminam em morte, renegar sua religião ou seu país.
“O comportamento dos nossos antepassados em relação às mulheres ou aos homens afeta nossa aptidão para criar bons relacionamentos. A ausência de respeito e da gratidão a que nossos antepassados têm direito também altera o campo de energia. O provérbio bíblico ‘até a terceira e quarta geração’ confirma-se nas constelações familiares. Pode até ser que a influência decorra daí.
Imersos o campo energético familiar, ignoramos sua influência que permanece fora da nossa consciência. Estamos presos a comportamentos e atitudes que nos derrotam e incitem a cometer atos que não compreendemos e dos quais acabamos por nos arrepender.
As constelações familiares nos ensinam que a nossa família é a nossa sina. Entretanto, não estamos irremediavelmente presos a essa sina e podemos alcançar a cura. Ao compreender os mecanismos desse processo, ficamos na posse do poder de controlar o nosso comportamento a fim de evitar sofrimento para as gerações futuras”, detalha a profissional.
Bert Hellinger foi padre durante muitos anos e trabalhou como educador e membro de uma ordem missionária católica entre os zulus na África do Sul durante 16 anos. E ali ele teve a oportunidade de observar e aprender como grupos se comportam.
Unindo essa experiência aos diversos cursos que fez (Filosofia, Teologia, Pedagogia entre outros), ele começou a a reunir o embasamento necessário para comprovar que padrões de comportamento se repetem nos sistemas familiares por gerações.
E ele chegou a 3 princípios que permeia todas as nossas relações, pessoais e profissionais: pertencimento, ordem e equilíbrio:
Pertencimento: todos os membros de um sistema familiar possuem o mesmo direito de pertencer, independente de quem são e de suas ações. E quando são excluídos por questões morais ou de merecimento, o sistema exigirá o reequilíbrio, que geralmente acontece de formas indesejadas.
Ordem: esse princípio significa respeitar a hierarquia. Ou seja, quem chegou primeiro no sistema tem prioridade em relação aos que chegam depois. Isso significa reconhecer e respeitar seus conhecimentos e experiências.
Equilíbrio: em relacionamentos amorosos e amizades, todos chegaram juntos. Então é necessário que exista equilíbrio entre o dar e o receber.
Quer constelar?
Se você se interessou pela Constelação Familiar e tem algum entrave, de qualquer ordem, pode entrar em contato com Patrícia Ireno e marcar um horário, através do número (18) 99646-4078.
As constelações são feitas individualmente, ou em grupo, com todos os protocolos exigidos pela pandemia do novo coronavírus.
Os resultados, conforme afirma a terapeuta, são surpreendentes.
Redação Abordagem
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