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LOCAL • 04/01/2021

Diagnosticado na UPA com rinite alérgica, assisense está intubado na UTI, de bruços

A informação passada à família é de 80% dos pulmões apresentam comprometimento.

Diagnosticado na UPA com rinite alérgica, assisense está intubado na UTI, de bruços

O assisense Jefferson Ferreira, de 27 anos, está internado na UTI – Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa de Misericórdia de Assis desde o dia 30 de dezembro, quando não mais suportou um quadro grave de falta de ar e baixa saturação de oxigênio.

De acordo com a irmã dele, Andréia Ferreira, no dia 23 de dezembro Jefferson sentiu-se mal e foi até a UPA - Unidade de Pronto Atendimento, onde passou por consulta, recebendo o diagnóstico de rinite alérgica, depois de ter informado ao médico que trabalha com tratamento de piscinas.

O uso de medicamento antialérgico não resolveu o crescente mal estar, e, no dia 28, o rapaz voltou à UPA, com dor no fundo dos olhos, nuca e testa, e, dessa vez, o diagnóstico médico apontou dengue.

Ainda segundo relato de Andréia, no dia seguinte, com piora expressiva do quadro de saúde, sentindo muita falta de ar, Jefferson foi até a UPA, pela terceira vez, ocasião em que ficou por um tempo no oxigênio, sendo orientado a voltar para casa.

Na quarta-feira, dia 30, ele foi levado, já em estado grave, até a mesma Unidade, onde ficou internado o dia todo até ser transferido para a Santa Casa.

“Meu irmão está na UTI, intubado, na posição de bruços, e o médico informou que na tomografia aparece 80% dos pulmões tomados. No dia 30 foi feito o exame para o coronavírus e até agora não temos o resultado, mesmo ele estando em estado gravíssimo. Ele pediu socorro por três vezes e foi negligenciado. Estamos todos desesperados e sem chão, sem largar o celular, que é por onde chegam as ligações com informações sobre a situação dele”, descreve Andréia.

A pronação (posição de bruços) é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para pacientes graves da Covid-19.

Além do grave estado de saúde de Jefferson, a família está preocupada com a mãe dele, Divanil; a irmã, Andressa; e a namorada. Elas residem em Platina, onde ele passou o Natal. As três tiveram sintomas similares aos dele, incluindo febre. Em exames feitos em um posto de saúde, as primeiras testaram negativo para a Covid-19.

“Minha mãe e minha irmã também foram até a UPA, com sintomas gripais, e contaram que tiveram contato com meu irmão, que tem todos os sintomas do coronavírus, mas não pediram o teste e mandaram de volta para casa. Elas fizeram o teste rápido, hoje, no posto de saúde em Platina, e deu negativo para Covid-19, mas ainda estamos preocupados, pois tem o dia certo para o resultado positivar e é tudo muito confuso sobre isso. A namorada do meu irmão ainda aguarda o resultado do exame feito no dia 30. Por tudo o que a gente é informada sobre o coronavírus, não vi aqui em Assis a adoção de nenhum protocolo. Isso tudo parece um pesadelo”, finaliza.

Em contato com a UPA, e atendida pela assistente social, a reportagem foi informada de que só passariam informações do paciente para a família, e, em caso de imprensa, apenas a assessoria de comunicação da FEMA - Fundação Educacional do Município de Assis - que faz a gestão da UPA, poderia se manifestar. Em três tentativas feitas, a reportagem não conseguiu o atendimento.

Fica em aberto o espaço para manifestação, pela FEMA, sobre os diagnósticos divergentes (rinite e dengue) e a situação crítica em que o paciente atualmente se encontra. 

 

Redação Abordagem




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