CEF pede a ‘retirada imediata’de tenda que protege usuários
Sindicato dos Bancários se posiciona contra a decisão.
A direção da Caixa Econômica Federal parece não estar se incomodando com o sofrimento de funcionários, clientes e milhares de usuários que enfrentam intermináveis filas em Assis para receber benefícios como Auxílio Emergencial.
Se dependessem da direção do banco público, administrado pelo Governo Federal, todos aqueles que aguardam atendimento do lado externo do prédio, por restrições impostas pela pandemia, continuariam expostos ao sol, vento, frio e chuva.
Já a direção do Sindicato dos Bancários de Assis, sensível com o risco de exposição às intempéries dos colegas funcionários da agência e, consequentemente, dos clientes e usuários, decidiu, oito meses atrás, sugerir a colocação de uma tenda para proteger os que ficam do lado externo do prédio.
“É desumano deixar os bancários e a população desprotegidos num momento tão difícil como esse de pandemia, com os riscos de aglomeração no interior da agência”, disse o dirigente Fábio Escobar.
Diferente de outros municípios, como em Assis não houve iniciativa para solucionar, ou minimizar o problema, a direção do Sindicato dos Bancários, com próprios recursos, mesmo escassos com as recentes reformas trabalhistas, locou uma estrutura metálica com uma lona para garantir essa proteção.
Passados oito meses arcando, sozinho, com os custos pela locação da lona, o Sindicato dos Bancários decidiu cobrar a direção da Caixa Federal para continuar pagando o serviço e restituir os valores pagos pela entidade sindical nesse período.
Demonstrando alto grau de insensibilidade, a direção da CEF, além de recusar arcar com as despesas pela proteção de seus funcionários e clientes, além da população que precisa enfrentar grandes filas para sacar o seu Auxílio Emergencial, pediu ‘gentilmente’ ao Sindicato dos Bancários que ‘retire imediatamente’ a estrutura com a lona.
“Parece inacreditável esse pedido. É como se a Caixa Federal pedisse para que deixássemos essas milhares de pessoas expostas ao tempo. Jamais teríamos essa insensibilidade. Manteremos a cobertura no local, que é um espaço de uso público, e vamos pedir a restituição pelos custos judicialmente”, finalizou Fábio Escobar.
Jornal da Segunda
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