Primeiro assisense vacinado na Inglaterra contra a Covid-19 recebeu ontem a primeira dose
Rodrigo Antonangelo mora fora do Brasil com a mulher e um casal de filhos. Todos tiveram a doença.
O assisense Rodrigo Antonangelo, de 48 anos, há dois anos residindo na Inglaterra com a mulher e dois filhos pequenos, recebeu ontem, 21 de dezembro, a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus, da Pfizer, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca.
Com febre pelo efeito colateral, já esperado e descrito na bula, ele contatou Abordagem Notícias nesta manhã de terça-feira, se disponibilizando a passar informações sobre a polêmica imunização, dando detalhes importantes, como, por exemplo, que são necessárias duas doses, que não garantem que a pessoa possa ser novamente acometida pelo vírus, porém se eventualmente ocorrer, a perspectiva é que seja de forma mais branda. Nos vídeos abaixo ele relata tudo, com detalhes.
O assisense reside na cidade litorânea de Bournemouth, ao sul da Inglaterra, localizada a cerca de 170 km de Londres. Ele foi vacinado em uma cidade mais próxima da sua.
Rodrigo foi contaminado pelo novo coronavírus, no início da pandemia (abril), depois que uma colega de trabalho demonstrou mal estar intenso e ele colocou a mão na testa dela para verificar se estava quente. Já no dia seguinte, quem passou a ter febre alta, variando de 39 a 42, foi ele próprio, que lutou pela vida por 22 dias, recebendo tratamento em sua casa. A esposa dele também contraiu a doença e ambos ficavam relativamente isolados dos filhos – uma adolescente de 16 e um menino de 11, que também tiveram o novo coronavírus, porém de forma bastante branda.
Sentindo a doença no corpo inteiro, como diz ele, “dos cabelos às unhas dos pés”, o assisense descreve que não existe nada pior, e que a sensação é de morte quase certa.
“Essa doença não é brincadeira, eu achei que fosse morrer. Você não consegue fazer nada, tudo dói, dos cabelos às unhas do pé. Você não sente cheiro, não tem paladar, não consegue dormir, nem comer, nem fazer absolutamente nada. Eu realmente pensei que fosse morrer”, descreve.
A família Antonangelo é bem conhecida em Assis. O pai teve farmácia por muitos anos, no Mercadão, a Drogaria Marechal, e outra na Avenida Rui Barbosa, a Farmácia Avenida. O pai ainda foi dono da Agroassis, na Avenida Glória.
Ele e a esposa trabalham na mesma instituição de Saúde para pessoas idosas. Ela não será vacinada por ter vários problemas alérgicos.
Rodrigo conta que as vacinas não são aplicadas nos hospitais. Ele precisou ir até uma cidade, a 47 km de onde mora.
“Lá tem uma base montada, perto do hospital, para poder fazer especificamente a vacinação. Meus filhos devem ser vacinados na escola, quando as aulas começarem. Aí decidiremos se eles vão, ou não, tomar as doses”, relata.
Veja no vídeo abaixo todos os detalhes através de relatos de Rodrigo.
REDAÇÃO ABORDAGEM NOTÍCIAS
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