Bancários se preparam para Campanha Nacional
A Conferência Nacional será de 29 a 31 de julho de onde sairá a pauta final
Depois da Conferência Regional realizada no dia 24 de junho, agora o Sindicato dos Bancários de Assis e região se prepara para a discussão na etapa estadual da Campanha Nacional 2016 que acontece no dia 16 de julho na capital paulista. A Conferência Nacional será de 29 a 31 de julho de onde sairá a pauta final a ser entregue aos bancos em agosto.
Durante a pesquisa realizada nas agências, os bancários se manifestaram sobre o índice de reajuste salarial e outros temas de remuneração, como piso, PLR, 14º salário, valores dos tíquetes, além de emprego, saúde e segurança. E questões fundamentais para os trabalhadores, como a terceirização, o aumento do tempo para se aposentar, a retirada de direitos anunciada pelo governo interino.
O mote da campanha deste ano será ‘Nenhum direito a menos!’ Bancários, metalúrgicos, petroleiros, químicos estarão unidos e organizados em torno da defesa dos direitos trabalhistas e sociais. A conjuntura exige tamanha mobilização. Em alguns setores, o patronato, aliado ao governo interino, ameaça com reajuste zero, demissões, retirada de conquistas histórias.
O presidente do Sindicato, Helio Paiva Matos (na foto), afirma que este ano a campanha unificada deve potencializar as manifestações contra a retirada de direitos trabalhistas de todas as categorias. “Não estamos sozinhos e diante das investidas contra direitos trabalhistas e sociais o que nos resta é nos unir forças. Toda a energia e mobilização tem de ser potencializada na defesa dos empregos e direitos”, ressalta.
Além das questões colocadas normalmente nas campanhas, este ano os trabalhadores enfrentam ameaças como a terceirização ilimitada e mudanças na Previdência Social que preveem aposentadoria somente a partir dos 70 anos, passando ainda pelo fim da política de valorização do salário mínimo e redução de verbas para saúde e educação.
Os principais bancos que atuam no Brasil continuam operando com altos lucros. Foram R$ 13,1 bi somente entre os cinco maiores: R$ 5,23 bilhões no Itaú; R$ 4,1 bi no Bradesco; R$ 1,66 bi para o Santander; R$ 1,28 bi no BB e R$ 838 milhões na Caixa. Apesar de terem resultados menores, se comparados com anos anteriores, já iniciam 2016 com números expressivos, principalmente se levada em conta a crise econômica e política que atravessa o país – o que fez com que os valores de provisionamento para devedores duvidosos (PDD) subissem na maior parte deles, causando grande impacto no lucro. Somente no Bradesco a receita de PDD cresceu 53,5%, no Itaú foram 38,3% e no BB, 27,2%.
“Esta campanha será uma das mais difíceis dos últimos tempos. Os bancos estão apostando na tecnologia para reduzir postos de trabalho e elevar em muito seus ganhos. Mas isso deixa de lado metade da população do país que ainda não tem acesso à internet”, lembra Paiva. “Não somos avessos à tecnologia, claro. Mas ela tem de existir para melhorar a vida da população, não para causar mais desemprego e aumentar a riqueza de poucos. Mais do que nunca será a força da nossa mobilização, bancários e toda classe trabalhadora, que poderá alterar esse quadro de retrocessos”.
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