O primeiro desbravador do Sertão do Paranapanema foi José Teodoro de Souza, que saiu de Pouso Alegre (Minas Gerais) com destino à Província de São Paulo penetrando em direção a Mogi Mirim e em seguida tomando rumo de Botucatu.

De Botucatu José Teodoro passou pelas vertentes do Rio Pardo, atravessou os campos que ficam do lado de Lençóis e São Domingos e chegou até o Ribeirão da Figueira, pouco além da foz do Rio Tibagi. Regressou a Botucatu e conseguiu registrar a sua posse, perante o vigário de Botucatu, assegurando seus direitos para recorrer ao processo de legitimação de suas terras.

Após conseguir a legitimação de sua posse, José Teodoro, fundou um povoado na margem esquerda do Rio Novo, que recebeu o nome de São José do Rio Novo, posteriormente chamado de São José dos Campos Novos do Paranapanema, com a finalidade de atrair povoadores para o sertão do Paranapanema.

A notícia que a posse de José Teodoro tinha solo muito fértil provocou as primeiras aquisições de terras. Uns dos primeiros adquirintes de terras da região foram Francisco de Assis Nogueira e José Machado de Lima, que adquiriram a margem direita e esquerda do rio Pari, que passou a constituir a chamada Fazenda Taquaral.

Em 1º de Julho de 1905 o Capitão Francisco de Assis Nogueira efetivou a doação de 80 alqueires de terras de lavrado à igreja, para patrimônio de uma Capela, sob a tríplice evocação do Sagrado Coração de Jesus, de São Francisco de Assis e da Obra – Pio do Pão de Santo Antonio (Fundação de Assis). 

Em torno da Capela, foram surgindo as primeiras casas do povoado, que pertenciam a jurisdição do município de Campos Novos do Paranapanema (atual Campos Novos Paulista).

A região era habitada por três tribos indígenas – os Coroados, nas vertentes do Rio do Peixe, os Cayuás (Guaranis), nas vertentes do Rio Paranapanema e os Chavantes os Otis, na parte central.

O desenvolvimento do povoado foi devido exclusivamente, ao avanço dos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana, que chegaram ao povoado de Assis em 1914. Em 1915, pela Lei Estadual nº 1.496, de 30 de dezembro de 1915, o povoado foi elevado a Distrito de Paz. Dois anos depois, foi criado o Município de Assis pela Lei Estadual nº 1.581 de 20 de dezembro de 1917. Os primeiros vereadores eleitos: Dr. João Teixeira de Camargo, Manoel Bernardo da Silva, Vicente Fernandes de Figueiredo, João Lúcio da Silva, Vivaldo Teixeira de Carvalho e Salvador Bonilha de Toledo. Em 6 de abril de 1918, os vereadores elegeram o primeiro prefeito: Dr. João Teixeira de Camargo. Em 8 de abril de 1918, foi aprovado o Regimento Interno da Câmara e adotado o Código de Posturas Municipais de Itatiba, para a cidade de Assis.

A estrada de Ferro Sorocabana foi a responsável pela rápida escalada de Assis, que já em 20 de Março de 1918 passou à sede de comarca. Também abriu caminho para chegada do café, tornando Assis o ponto de convergência de toda a região e base de operação para a colonização do Paraná.

O primeiro médico foi o Dr. José Vieira da Cunha e Silva; a Santa Casa de Misericórdia de Assis, foi fundada em 7 de Dezembro de 1919. O primeiro Juiz de Direito foi o Dr. Vasco Joaquim Smith de Vasconcelos. O primeiro jornal foi publicado em 1º de setembro de 1918, de propriedade do Sr. Horácio de Maio – “Jornal de Assis”. O Clube Recreativo foi fundado em 19 de setembro de 1921. A primeira mestra foi a Prof. Dona Jutith de Oliveira Garcez, que chegou no município em 1917.

A eletrificação veio em 1924, no mesmo ano foi inaugurado o serviço de abastecimento de água. Assis tornou-se sede de Bispado em 1930, o primeiro Bispo: Dom Antônio José dos Santos. Em 1931 no grupo Escolar Dr. João Mendes Júnior foi criado o Cinema Educativo, sob a direção do Prof. Carlos de Assis Velloso.

A implantação da rede de esgoto sanitário foi iniciada em 1949, e a pavimentação da área central da cidade ocorreu no início da década de 50. Os primeiros telefones automáticos foram inaugurados em 1954.

Assim, o povoado fundado por Capitão Assis, que teve seu desenvolvimento inicial ligado à chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana, continuou nas décadas seguintes e seu desenvolvimento, ficando conhecido como um ponto de referência regional do Vale do Paranapanema. 

Fonte: http://www.bibliotecadeassis.sp.gov.br/assis.htm

Fotos - Grupo Memória Fotográfica Assisense (Facebook), mantida pelo historiador Luiz Barros.

Colégio Santa Maria

Igreja Catedral em 1955

Buracão (Hoje, Parque Ecológico)

Festa do Conjunto Mac Ribell em 1967 - Oliveiros A. de Castro era o Prefeito e Tufi Jubran Presidente da Câmara

Praça da Catedral

Dona Celina, esposa de Jorge Alves de Oliveira (o qual tem seu nome no Parque de Exposição da FICAR de Assis) e sua filha Maria Helena, em uma linda imagem de 1933.