Covid-19: Sem demanda para sepultamentos, cemitério de Assis não tem covas coletivas
As pessoas com suspeita, ou confirmação da doença, são sepultadas em jazigos da família.
Depois que começou a pandemia causada pelo novo coronavírus, a quantidade de sepultamentos diários em cemitérios brasileiros dobrou e até mesmo triplicou em algumas regiões do país. Em Manaus, capital do Amazonas, por exemplo, a prefeitura foi obrigada a abrir covas coletivas, chamadas de “trincheiras”, para amenizar o estrangulamento do sistema funerário no município.
Até agora, com oito sepultamentos de assisenses com suspeita de covid-19, o Cemitério Municipal da Saudade, em Assis, não enfrenta essa situação, e sequer precisou abrir covas coletivas.
Fabiano Cavalcante, administrador do cemitério, informa que não há locais específicos para as pessoas vitimadas pela covid-19. Segundo conta, tem ocorrido a abertura de jazigos e túmulos das próprias famílias.
O que mudou com a crise mundial da saúde, ocasionada pelo coronavírus, foram os protocolos de sepultamentos, que seguem decretos estadual e federal.
Há uma portaria que normatiza os serviços funerários quanto à questão de sepultamentos, horários de funcionamento para velórios, quantidade de pessoas que podem acompanhar o féretro dentro do cemitério e procedimentos.
No que tange a sepultamentos oriundos de covid 19, sejam os casos suspeitos, ou confirmados, não há velório.
“Detectado o óbito por covid, no hospital, a funerária automaticamente vai até lá para o deslocamento dos corpos até o cemitério. Os caixões são lacrados no próprio e levados diretamente para sepultamento, sendo permitido o acompanhamento por alguns familiares mais próximos. Muitas famílias dessas vítimas abrem mão de participar, como já aconteceu em alguns dos casos suspeitos que tivemos”.
Outra mudança adotada é relacionada à proteção dos coveiros nos enterros com suspeita de covid 19. Todos são paramentados com macacão, máscaras luvas e protetor facial para que não haja contaminação e disseminação do vírus.
Redação Abordagem
Foto cedida pelo cemitério
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