Em meio a uma pandemia, temos visto, mais uma vez e por mais de uma vez, o quanto estamos longe de acabar com o racismo. Para mim, nunca foi tão claro que todos nós – corporações e cidadãos – temos que continuar trabalhando para sermos parte da solução.
Maio foi um mês cruel, com as mortes de João Pedro, no Rio de Janeiro, e George Floyd, nos Estados Unidos. E tantas outras vítimas de um crime que nunca acabou.
Para compreender bem o que é o racismo, é necessário saber, antes de tudo, que a própria palavra racismo tem uma origem relativamente recente. Ela apareceu pela primeira vez em um artigo publicado em uma revista francesa intitulada Revue Blanche, no ano de 1902. Um artigo publicado pela Unicamp reconhece o racismo como um fenômeno vinculado às transformações e configurações sociais que emergiram após a escravização em massa dos africanos e, sobretudo, sua inserção nas sociedades europeias e do Novo Mundo.
A comparação de raças vem, portanto, como uma justificativa para legitimar relações de dominação, naturalizando desigualdades de todos os tipos e justificando atrocidades e genocídios. Um verdadeiro horror que precisa, com urgência, ser combatido.
Ontem, um movimento iniciado por artistas provocou um verdadeiro apagão nas redes sociais. Você deve ter visto as postagens com quadrados pretos e a hashtag BlackoutTuesday (terça-feira do apagão). Esse protesto virtual pediu que todos nós pausássemos nossas atividades para uma reflexão conjunta – o protesto teve início com a indústria fonográfica, por meio da hashtag #TheShowMustBePaused (o show deve parar), com o intuito de provocar “uma desconexão com o trabalho e reconexão à nossa comunidade”.
Como pessoa e como empresária, acho fundamental me posicionar durante esses dias apoiando também o movimento Vidas Negras Importam (Black Lives Matter – um movimento internacional criado pra organizar protestos contra a violência policial com a população negra em 2012). Mas é importante lembrar que atitudes concretas ao longo da história da marca fazem muito mais pela causa do que simplesmente um post nas redes sociais.
Importar-se com as vidas negras, de fato, é inclui-las na nossa publicidade. É criar produtos pensando na diversidade e em toda a sua beleza. É ouvir as comunidades negras, é ter uma política interna de promoção de igualdade. Entre tantas outras ações que não podem ser isoladas, mas contínuas para acabarmos de vez com um grande período de injustiça.
As vidas negras importam. Todos os dias. E para sempre.
Inocência Manoel
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