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LOCAL • 21/10/2024 às 00:17

Após seis dias na UTI com COVID, paciente conta o seu drama e faz alerta

Eliseu Sampaio, 50 anos, conta que quase morreu e que é desesperador não conseguir respirar.

Após seis dias na UTI com COVID, paciente conta o seu drama e faz alerta

O assisense Eliseu Sampaio, de 50 anos de idade, que mora e trabalha na cidade de Guarulhos como chefe de manutenção, passou seis dias na UTI de um hospital na capital paulista, após ser diagnosticado com COVID. Em entrevista exclusiva ao repórter Reinaldo Nunes, ele contou seu drama e fez um alerta aos ouvintes do programa Acorda Assis, na rádio Interativa FM, na manhã desta terça-feira, dia 12 de maio.

“A gente não dá valor. A gente acha que é igual o presidente (Jair Bolsonaro) falou. Que é uma ‘gripezinha’. Isso é pura mentira!”, começou seu depoimento.

Sobre o drama enfrentado, o paciente, que ainda possui vários familiares na vila Operária, contou: “Eu comecei sentindo fortes dores no corpo e achei que era apenas uma gripe. Que bastaria tomar uma dipirona ou qualquer remédio. Achei que fosse aliviar, mas ela começou com muita dor no corpo e apresentava sintomas como se fosse apenas uma gripe, só que ela (gripe) reage de acordo com cada organismo”, explicou.

No caso dele, começou a sentir muita tosse: “Mas, essa tosse, já demonstrava que eu estava sentindo falta de ar. Eu tinha tanta tosse que chegava até a doer a barriga e, na sequência, eu tinha ânsia de vômito”, relatou Sampaio.

O assisense acredita ter sido fundamental possuir um convênio médico e ter sido orientado pelos médicos quando começaram os primeiros sintomas. “Minha sorte foi ter procurado o convênio, que sempre me orientava a tomar medicação e pedir para manter a equipe médica sempre informada sobre os efeitos”, disse.

Sampaio disse que a situação se agravou no dia em que seu cunhado, que trabalha na mesma empresa, foi diagnosticado e precisou ser internado e entubado às pressas.

“Como a gente trabalhava todo dia junto e minha tosse foi se agravando, eu não suportei e cheguei a um ponto crítico quando minha pressão ‘caindo lá embaixo’. Fui até um hospital indicado pelo convênio e ao passar pela triagem e ‘quase zerei’. O médico realizou exames, logo constatou ter problema com meu pulmão e decidiu me internar”, explicou.

Num quarto do Hospital São Camilo, na região Pompéia, em São Paulo, Sampaio conta que a situação se agravou ainda mais com a falta de ar “Eu buscava o ar e não conseguia respirar. Iniciaram um procedimento com oxigenação nasal e colocação de cateter, mas, como a situação não se resolvia e me encaminharam para a UTI”, relatou.

Na Unidade de Terapia Intensiva, o paciente usava uma máscara conduzindo o oxigênio diretamente ao pulmão. “Com esse procedimento, graças a Deus, o pulmão voltou a trabalhar e melhorar. Foram os dias mais difíceis da minha vida e chegou uma hora em que pensei ‘vou embora’, porque a gente toma remédio e não vê efeito ou melhora”, resume.

Após seis dias na UTI, os médicos decidiram que o assisense poderia voltar para o quarto da enfermaria e permanecer isolado, em observação. Foi desse quarto que Eliseu Sampaio gravou o depoimento, por telefone, ao radialista.

“Devagarzinho, estou reagindo, mas a dor de cabeça ainda é muito forte”, conta Sampaio, que fez questão de agradecer à equipe hospitalar, desde o atendimento dos médicos, enfermeiras até o pessoal da limpeza. “Gostaria de agradecer, primeiramente, a Deus, a esses profissionais do hospital e a todos de Assis, que souberam do meu drama e oraram por minha recuperação”, finalizou.

ALERTA – Eliseu aproveitou a entrevista para fazer um alerta: “O que eu falo é o seguinte: ‘Tomem cuidado’. Eu, antes, imaginava que não fosse pegar o vírus e peguei. É muito perigoso! Graças a Deus, estou um pouco melhor e a saturação do meu oxigênio está boa, mas ainda tenho tosse e acredito que, em poucos dias, poderei receber alta e voltar para minha casa”, disse.

“O que eu gostaria de dizer a todos é: se cuidem. Usem máscara. Não abusem porque eu não pensava assim. Hoje, eu vejo de uma outra forma. Só quando você está aqui dentro (no hospital), quando você está precisando do oxigênio, vem a tosse, você busca o ar e cadê o ar? Aí, você vai dar valor. Peço a cada um que estiver ouvindo que se cuide”, finalizou Elise Sampaio, que gravou o depoimento ao programa Acorda Assis, na Rádio Interativa FM, na manhã desta terça-feira, dia 12 de maio.

 

Jornal da Segunda (matéria exclusiva)




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