Começa quarta-feira o júri da rebelião de 2002, com 3 mortos na penitenciária de Assis
A previsão é que o júri seja histórico na Comarca de Assis, com três dias de duração.
Um júri que tem tudo para ser histórico na Comarca de Assis, começa na manhã de quarta-feira, 05 de fevereiro, no Fórum local. Segundo apurado pela reportagem, é possível que o julgamento de cinco réus (presidiários) demore três dias para ser concluído.
O caso é referente a uma rebelião - com repercussão nacional, ocorrida no dia 18 de fevereiro de 2002, na Penitenciária Estadual de Assis durante uma briga entre facções rivais envolvendo membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A rebelião deixou três detentos mortos e cinco feridos. Segundo a direção do presídio relatou naquela época, tudo se resumiu a um acerto de contas entre facções rivais. Um dos presos foi decapitado e outro teve o corpo queimado. Durante quatro horas, os rebelados mantiveram agentes penitenciários reféns.
Carlos Eduardo Barbosa, Genesi Carlos da Silva e Clauvete Gonçalves dos Santos, todos presos por assaltos, foram assassinados a golpes de estilete. Os feridos foram levados para o Hospital Regional de Assis. Na confusão, um agente penitenciário teve o braço quebrado.
Durante a rebelião, os detentos mostraram faixas com apologia ao PCC. Há exatamente um ano anterior ao caso em Assis, a facção comandou uma mega-rebelião em 29 presídios de São Paulo.
OS JULGAMENTOS
O júri – de quarta à sexta-feira, será presidido pelo juiz de direito Alexsandro Conceição dos Santos, da 2ª Vara Criminal. O promotor de justiça do caso é Fernando Fernandes Fraga.
Os advogados dos réus são Sérgio Afonso Mendes (defensor de A. da S. P.), Carlos Pinheiro (defensor de A. M. R.), Marcos Emanuel Lima (defensor de E. G.), Amanda Celuta M. de Moraes (defensora de J. R. C.) e Adriana Creniti (defensora de M. C. M. de O.)
A previsão dos três dias é pela complexidade do caso, provas, e quantidade de réus. Duas pessoas que fizeram a identificação de alguns dos envolvidos, na fase do inquérito policial, voltaram atrás quando ouvidas em 2009. Uma terceira testemunha, que fez a identificação parcial, em juízo, mudou a versão, dizendo que os autores eram outros.
O júri começa às 9 horas desta quarta-feira, 05 de fevereiro, após 18 anos dos crimes.
Redação e foto Abordagem Notícias
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