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POLÍCIA • 19/10/2024 às 19:17

Ex-diretor do Departamento Municipal de Trânsito de Assis é preso em Ubatuba

A prisão de L. G. ocorreu nesta sexta-feira, 10.

Ex-diretor do Departamento Municipal de Trânsito de Assis é preso em Ubatuba

Foi preso nesta sexta-feira, 10 de janeiro, o ex-diretor do Departamento de Trânsito de Assis, L. G., investigado como principal responsável pela "máfia das multas" no município. 

A reportagem levantou informações de que L. G. P. foi preso preventivamente na manhã de hoje, em um hotel, por equipe da Polícia Civil de Assis que cumpriu mandado na cidade litorânea de Ubatuba-SP.  Ele era investigado por irregularidades administrativas e funcionais, e permanecerá na Delegacia de Polícia de Ubatuba até sua transferência para o Anexo de Detenção Provisória de Assis.

Já na tarde de quinta-feira, 12 de dezembro, eram muitas as especulação por parte da população assisense, relacionadas às possíveis prisões de pessoas envolvidas no inquérito policial instaurado em 25 de junho de 2018 para apurar eventuais irregularidades praticadas pelo Departamento Municipal de Trânsito de Assis, depois de denúncias feitas por uma ex-servidora municipal e da comprovação de aumento desproporcional de multas no município.

Para ter uma ideia, normalmente um agente de trânsito aplicava uma média de 20 multas por mês. Esse número passou para mais de 300 até que as investigações tivessem início.

O levantamento das irregularidades começou após ampla manifestação da ex-servidora municipal,  Alessandra da Silva, que ficou conhecida como "Mulher Bomba". Ela resolveu denunciar, inicialmente nas redes sociais, as ações criminosas que teriam sido praticadas pelo Departamento Municipal de Trânsito. Depois disso, teria sido ameaçada por pessoas envolvidas no esquema e procurou a polícia e a promotoria.

Os trabalhos para trazer à tona a chamada “Máfia das Multas” foram uma ação conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério Público de Assis.

Na ocasião, houve a emissão e cumprimento de seis mandados de busca e apreensão, tanto no Departamento de Trânsito, quanto no escritório de um despachante.

Os outros quatro mandados tinham como endereço residências de pessoas citadas nas denúncias, conforme informou, à época, em uma coletiva, na Central de Polícia Judiciária de Assis, o delegado Marcel Ito Okuma.

As diligências foram feitas também pelos outros delegados da DIG/DISE de Assis, Marcelo Armstrong Nunes e Ricardo Antônio Nascimento, juntamente com equipe de investigadores.

Foram apreendidos computadores, farta documentação e dinheiro. O delegado Okuma informou à imprensa que há algum tempo, vários motoristas de Assis reclamavam que não mereciam as multas recebidas, com muitos relatam abusos na aplicação.

“Inúmeras pessoas não reconhecem as infrações, no que chamam Assis de indústria de multas. Estamos averiguando se, eventualmente, agentes de trânsito estariam lucrando por multa aplicada, mas tudo isso vai passar por análise e apurações. Só assim saberemos se os fatos investigados são realmente verdadeiros, ou não”, relatou o delegado no dia das apreensões.

O inquérito, que apura o envolvimento de mais pessoas, na chamada "máfia das multas", corre sob sigilo pela 3ª Vara. O processo conta com 150 volumes e cerca de 35 mil páginas.

O recesso forense, iniciado na sexta-feira, 20 de dezembro, terminou em 06 de janeiro de 2020.

 

 

 Marcel Ito Okuma foi quem conduziu o inquérito da Mafia das Multas de Assis

 

Redação e fotos Abordagem Notícias

 

 




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