Delegado candidomotense integra operação contra a 'rinha de pitbulls'
A crueldade e o estado dos cães impressiona as equipes policiais.
Chefe da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) desde 21 de janeiro de 2019, Matheus Laiola nasceu em Cândido Mota/SP, em 24 de dezembro de 1982.
Ele integra as equipes que investigam e realizam operação contra a "rinha de pitbulls", que descobertas, chamam a atenção do mundo inteiro, não só pelas participações criminosas de estrangeiros, mas pela atrocidade cometida com os animais.
Por volta das 17 horas desta terça-feira, 17, o delegado informou que a equipe está em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, onde foi localizado o canil de um dos presos da Operação em Mairiporã/SP.
Foram encontrados cinco cães da raça pitbull em situação de mau tratos- sem comida, sem água, e em correntes curtas. Todos apresentam marcas de briga e eram treinados para matar outros animais em rinhas, segundo o delegado, que expressa: "A minha honra está em lutar por essas preciosas vidas até o fim!"
Em sua página social, o delegado expôs, indignado: "Algumas pessoas me perguntam qual a cena mais triste que presenciei durante a Operação em Mairiporã/SP. E eu respondo: esta que está no feed. Isso porque, no momento em que eu estava fazendo carinho neste Pit Bull (extremamente manso com o ser humano), de repente ele começou a urinar e a chorar. Foi quando me dei conta da gravidade do sofrimento dele e vi uma poça de urina com puro sangue. Ou seja: ele estava destruído por dentro e com muitas mordidas pelo corpo, logo após a participação na rinha. Temos mais um Guerreiro lutando pela vida! Os resultados dos exames desse animal estão ruins, devido ao quadro de infecção por conta das muitas mordidas. A parte interna da boca e das coxas também estão com muitos ferimentos! Triste demais tudo isso! Devastador relembrar o cenário terrível que esses animais estavam!" (fotos abaixo)
(Fotos divulgadas pelo delegado em sua rede social)
Operação
A Polícia Civil do Paraná informou nesta segunda-feira (16) que 41 pessoas foram presas na operação. Equipes foram até a rinha em Mairiporã na noite de sábado (14).
No momento em que os policiais invadiram o local, ainda segundo a investigação, houve resistência por parte dos suspeitos. As apostas eram feitas pessoalmente e também pela internet. Ao todo, foram apreendidos R$ 47 mil.
Entre os detidos que foram liberados estão o veterinário e o médico que, segundo a Polícia Civil, eram responsáveis por reanimar os cães machucados durante as lutas.
Os quatro estrangeiros que foram presos em flagrante tiveram a soltura decretada mediante pagamento de fiança. Eles também ficam proibidos de deixar o Brasil e devem entregar seus passaportes.
Os suspeitos podem responder por associação criminosa, maus-tratos contra animais com agravante de morte e jogo de azar.
Dos que foram presos, apenas o suspeito de organizar o evento teve a prisão mantida pela Justiça após audiência de custódia no Fórum de Guarulhos nesta segunda-feira (16).
Não é a primeira, e nem seria a última vez em que o grupo promove as rinhas entre os cães. Em 2018 a disputa foi na República Dominicana, esse ano no Brasil, e, em 2020, provavelmente seria em outro país.
Abordagem Notícias
Fotos divulgação
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