Se não houver nenhuma articulação que resulte em composição durante o dia, o voto do vereador Nilson Pavão, do MDB, deverá decidir a eleição para a presidência da Câmara Municipal de Assis, que está marcada para esta terça-feira, dia 17 de dezembro, às 18 horas.
Até o final de semana, três dos 15 vereadores confirmavam a intenção de disputar o principal cargo da Mesa Diretora, atualmente ocupado pelo vereador Alexandre Cobra Nicolielo Vêncio, o ‘Cachorrão’.

A bancada ‘independente’, ou ‘oposição’, lançou a candidatura de Francisco de Assis da Silva, o ‘Chico Panela’, do PSD, de 55 anos. Ele tem assegurado, além do seu, mais três votos declarados publicamente de: Carlão Binato, Valmir Dionízio e João da Silva ‘Timba’.

O bloco aliado ao prefeito José Fernandes, do PDT, até a tarde desta segunda-feira, continuava dividido e correndo o sério risco de perder o controle na Câmara em 2020 para a oposição.

A professora Elizete Mello da Silva, a ‘Dedé’, do PV, de 52 anos de idade, contabilizava mais quatro votos, além do seu: Claudecir Martins ‘Gordinho da Farmácia’, Célio Diniz, Alexandre Cachorrão e Vinícius Símili.

A terceira via, que busca insistentemente o voto de Nilson Pavão, tem como candidato a presidente André Borracha, do PR, de 44 anos de idade. Ele já soma quatro votos, além do seu: Eduardo de Camargo, Reinaldo da Cremos, Roque Vinícius e Luís Conti ‘Bigode’, mas tem concentrado esforços pessoais visando consolidar o sexto voto, que sacramentaria sua vitória se os dois outros grupos não se juntarem.

O único vereador que não havia assumido compromisso e declarado voto até o final de semana era justamente Nilson da Silva, o ‘Pavão’, do MDB.
Caso Nilson ‘Pavão’ decida votar no candidato da oposição, haveria triplo empate. Três candidatos com cinco votos.
Se isso acontecer, poderia estar criado um impasse regimental, com uma possível interpretação dúbia.

Diz o regimento interno, no capítulo destinado à eleição para a Mesa Diretora, no seu Artigo 16, inciso IX: “realização de segundo escrutínio com os dois vereadores mais votados para cada cargo, que tenham igual número de votos”.

Como os três teriam recebido a mesma quantidade de votos, o entendimento é que passaria a valer o inciso seguinte: “persistindo o empate, será declarado eleito, para o cargo, o vereador dentre eles, pela ordem de: a - o mais antigo da Casa, desprezando-se os períodos interrompidos; b - o mais idoso”.

Obedecido o Regimento Interno, não havendo dois mais votados para o segundo escrutínio e prevalecer o critério da maior idade, já que todos os três candidatos estão no primeiro mandato, e se confirmado o voto de Nilson Pavão no bloco de oposição, Chico Panela seria eleito, por ser o ‘mais idoso’ entre os três vereadores. Chico Panela acaba de comemorar 55 anos no dia 1º de dezembro. No entanto, pelo constante apoio recebido em suas internações, tanto em clínica de recuperação ou unidade hospitalar, quanto passou por crises ou distúrbios, Nilson Pavão estaria mais propenso a votar em André Borracha por ‘gratidão’.

Sabendo disso, um apoiador da professora Dedé confidenciou que “em último caso, para evitar uma derrota, haverá uma tentativa de articulação com o grupo de Chico Panela para uma composição”.

O mesmo vereador, que pediu anonimato, garante que o prefeito José Fernandes “não irá intervir na eleição”. Quem for eleito(a) presidente do Legislativo, tomará posse no dia 1º de janeiro.
 

TEXTO DE REINALDO NUNES (PORTUGUES)