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POLÍCIA • 20/10/2024 às 18:53

Quatro sequestradores de idosa (japonesa) são condenados em Assis

O crime foi praticado em junho de 2018 com envolvimento de seis pessoas.

Quatro sequestradores de idosa (japonesa) são condenados em Assis

(Cativeiro onde a mulher foi mantida pelos sequestradores)

 

Foram condenados na última sexta-feira, 06 de dezembro, no Fórum da Comarca de Assis, quatro sequestradores da senhora A. T., na ocasião com 84 anos. Abordagem Notícias apurou, com exclusividade, que foram sentenciados quatro homens maiores de idade e um adolescente. O juiz absolveu um quinto envolvido, que era acusado de porte de arma. Todos os acusados de sequestro foram condenados a 18 anos, 11 meses e 6 dias. No início, um mototaxista chegou a ser preso. Foi ele quem levou uma carta dos sequestradores até a família da vítima, mas ficou comprovado que não sabia do que se tratava. 

Os réus estava presos desde o crime que chocou Assis e região, haja vista o sofrimento imposto à vítima que ficou em cárcere privado por cerca de 36 horas, em condições sub-humana, em noite bastante fria. 

Em 08 de junho de 2018, a mulher foi encontrada em um cativeiro no bairro Santa Clara, em Assis. Na casa, ainda em construção e bastante suja, ela foi mantida amarrada e deitada no chão de um quarto escuro. Após ser localizada, a vítima foi encaminhada para atendimento médico e permaneceu em observação no Hospital Regional de Assis.

 

O CRIME

Na noite de 06 de junho de 2018, a idosa e o filho dela, M. T, de 40 anos, retornavam para casa – perto da escola Lucas Thomas Menk, depois de saírem do Kaikan, no Parque das Flores, em Assis.

Mãe e filho estavam em um Honda Civic quando rendidos por uma dupla armada. O homem foi preso no porta-malas e solto seis horas depois, por volta das 5h, perto do antigo frigorífico Cabral, no acesso à Rodovia Miguel Jubran, a SP-333. Posteriormente, os policiais encontraram o carro das vítimas, abandonado.

Uma ação conjunta e de inteligência entre as polícias Civil e Militar de Assis teve desfecho feliz no caso do sequestro. O filho dela foi libertado pelos bandidos seis horas após o crime, para levantar o valor do pagamento de R$ 20 mil que não chegou a ser efetuado. Ao término do inquérito, cinco homens foram acusados e submetidos a julgamento, e um, absolvido. 

Seis homens foram inicialmente presos, entre eles, dois com 17 anos de idade. O primeiro dos integrantes, um mototaxista, foi detido no dia seguinte ao sequestro. Foi ele quem levou até a casa da família sequestrada uma carta que descrevia o valor e local onde o dinheiro deveria ser entregue.

Acostumados com cenas chocantes, até mesmo os policiais se sensibilizaram com a situação da idosa, quando estourada a porta do cativeiro. Extremamente abatida e debilitada, ela pediu água. O imóvel, localizado no bairro Santa Clara, é uma casa abandonada e suja.

Os sequestradores chegaram a tirar a blusa de frio que a vítima usava, amarraram suas mãos com cordas finas e deixaram uma sacolinha com um pão e suco. A mulher disse aos policiais que se tivesse demorado um pouco mais para ser encontrada, teria morrido de frio e pela falta de medicamento para pressão alta e diabetes.

Um dos delegados disse na ocasião: “Essa senhora foi tratada pior do que um animal, porque até para um cachorro a gente dá abrigo em noites frias, e ela ficou no chão gelado, sem agasalho”.

Segundo dito na coletiva, os sequestradores arquitetaram o plano, pensando, equivocadamente, que se tratava de uma família de posses, recém-chegada do Japão.

 

No dia das prisões a movimentação foi grande na Central de Polícia Judiciária, e houve coletiva de imprensa:

Participaram da coletiva: Major PM Shesterson Campos, e os delegados Ricardo Nascimento, Marcel Ito Okuma, Marcelo Armstrong Nunes.

 

Redação e fotos (em exceção a da capa - tirada pela polícia) Abordagem Notícias

 




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