O professor de Direito Administrativo, com ênfase em Gestão Pública, e por anos delegado de Polícia Civil atuante em Assis-SP, Fernando Quinteiro, condenou na manhã desta quinta-feira, 19 de setembro, a medida adotada pela gestão do prefeito José Fernandes, que decidiu devolver ao governo do Estado uma verba de R$ 205 mil, destinada por emenda parlamentar exclusivamente à construção de uma pista de skate na cidade, que já estava à disposição para este fim, mas não foi usada pela prefeitura no prazo exigido pela lei.

“Muito difícil acreditar que isso aconteça nos dias de hoje em qualquer cidade, isto é, devolver dinheiro público por falta de planejamento e coordenação na aplicação correta dos recursos conquistados”, lamentou Quinteiro, que atualmente também é o primeiro suplente a deputado estadual da coligação PHS/PMB.

A devolução do dinheiro foi aprovada segunda-feira, 16, pela Câmara Municipal. Apenas os vereadores Timba, Valmir Dionízio, Chico Panela e Carlos Binato se posicionaram contrários.

A verba agora será restituída ao governo, porque, conforme a justificativa do projeto, as quatro licitações realizadas para sua concretização, foram consideradas “desertas”.

Quinteiro lembrou, no entanto, o exemplo da cidade de Tarumã, que superou o problema e construiu a obra, como citou o vereador Binato em sua argumentação na sessão de segunda-feira.

Nota da Redação

É preocupante perceber que a juventude - grande parte envolvida com o flagelo das drogas, clama por especial atenção, movimento, integração social presencial, educação, cultura e lazer, com a esperança de ser ouvida com sua fraca voz.
Dessa forma, toda atitude e esforço público que vá ao encontro da saúde física, mental e emocional desta população mais jovem é louvável. Afinal, são a base produtiva do Brasil, o futuro. 
Diante dos fatos acompanhados na recente sessão da Câmara Municipal, em que o Poder Público Municipal de Assis quer, por falta de planejamento ou interesse político, desperdiçar a chance de viabilizar um espaço adequado aos skatistas de Assis e região, que tanto clamaram pelo espaço, inclusive se manifestanto na própria casa das leis em um passado não muito distante, é no mínimo revoltante.
Em tempos de crise econômica/política - as chamadas "vacas magras", devolver dinheiro que já está no bolso, ao invés investi-lo naquilo que foi destinado, é no mínimo difícil de digerir, por mais explicações que se dê relacionadas ao eventual desinteresse de construtores em participar de licitações.
É Assis, mais uma vez, ficando na contramão das conquistas.

 

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