Mulher morta por 'maníaco em série' não sofreu violência sexual
Segundo polícia, envelope com resultado foi enviado para delegacia de Planaltina.
O laudo sobre a causa da morte da funcionária do Ministério da Educação (MEC) Letícia Sousa Curado Melo, assassinada por Marinésio Olinto – chamado de maníaco em série pela Polícia Civil do DF – aponta que a jovem não sofreu violência sexual.
Segundo o documento apresentado à família da advogada nesta segunda-feira (9), a causa da morte foi esganamento. A informação foi confirmada ao G1 pelo marido de Letícia, o professor de educação física Kaio Fonseca, de 25 anos.
Ao G1, fontes da Polícia Civil disseram que o envelope com o resultado dos exames foi enviado para a 31ª Delegacia de Polícia, de Planaltina. O documento estaria lacrado.
Passo a passo: vítimas precisam ir à delegacia para prestar queixa
Marinésio de Sousa Olinto confessou a morte de duas mulheres no Distrito Federal — Foto: Polícia Civil do DF/Divulgação
Maníaco em série
Chamado de "maníaco em série" por um dos delegados que cuidam do caso, Marinésio dos Santos Olinto, de 41 anos, confessou o assassinato da funcionária do MEC e também o da empregada doméstica Genir Pereira de Sousa, de 47 anos. O cozinheiro ainda é suspeito de outros dez crimes de violência sexual (entenda abaixo).
Segundo o Instituto de Criminalística da Polícia Civil do DF, foram realizados pelo menos três exames que vinculam Marinésio aos crimes:
Laudo do exame do veículo GM/Blazer, que era usado por Marinésio
Laudo do exame do local onde foi encontrado o corpo de Letícia
Laudo do exame do local onde foi encontrado o corpo de Genir
Caso Letícia
Letícia Sousa Curado Melo morava no Setor Arapoanga, em Planaltina, com o marido e o filho, de 3 anos. A polícia chegou ao assassino confesso a partir das imagens de um circuito de segurança.
As câmeras mostram que às 7h42 de sexta-feira (23 de agosto) a advogada entrou no carro de Marinésio dos Santos Olinto, uma Blazer prata. Ela embarcou em uma parada de ônibus, perto de casa.
Em depoimento, Marinésio disse que "ofereceu uma carona à vítima".
Letícia iria para o trabalho, no Ministério da Educação. Ela esperava um ônibus para a Rodoviária do Plano Piloto, quando Marinésio parou a caminhonete.
Ele confessou que, no meio do caminho, assediou a advogada sexualmente. Ainda segundo Marinésio, a vítima rejeitou os avanços e ficou assustada.
Então, Marinésio enforcou Letícia. O corpo dela foi encontrado três dias depois, dentro de uma manilha, à margem de uma estrada, próximo ao Vale do Amanhecer.
Caso Genir
A empregada doméstica Genir Pereira de Sousa desapareceu no dia 2 de junho. O corpo dela foi encontrado dez dias depois, em uma região entre Planaltina e o Paranoá.
Assim como Letícia, Genir foi vista pela última vez enquanto caminhava até uma parada de ônibus. Câmeras de segurança flagraram o momento em que a empregada doméstica deixava a casa da patroa, no Paranoá
A patroa de Genir é dona de uma pizzaria e foi quem comunicou o sumiço da empregada. Segundo a empresária, em 15 anos de trabalho, Genir nunca havia faltado sem avisar.
Suspeito de outros crimes
Após a prisão de Marinésio, outras mulheres procuraram a Polícia Civil do DF para denunciar crimes de violência sexual que teriam sido cometidos pelo cozinheiro.
Na semana passada, duas mulheres reconheceram o cozinheiro Marinésio Olinto como autor de estupros que teriam sido cometidos contra elas. As vítimas ficaram frente a frente com o suspeito no Departamento de Polícia Especializada (DPE), em Brasília.
Fonte G1
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