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GERAL • 20/10/2024 às 16:39

Mulher morta por 'maníaco em série' não sofreu violência sexual

Segundo polícia, envelope com resultado foi enviado para delegacia de Planaltina.

Mulher morta por 'maníaco em série' não sofreu violência sexual

O laudo sobre a causa da morte da funcionária do Ministério da Educação (MEC) Letícia Sousa Curado Melo, assassinada por Marinésio Olinto – chamado de maníaco em série pela Polícia Civil do DF – aponta que a jovem não sofreu violência sexual.

Segundo o documento apresentado à família da advogada nesta segunda-feira (9), a causa da morte foi esganamento. A informação foi confirmada ao G1 pelo marido de Letícia, o professor de educação física Kaio Fonseca, de 25 anos.

Ao G1, fontes da Polícia Civil disseram que o envelope com o resultado dos exames foi enviado para a 31ª Delegacia de Polícia, de Planaltina. O documento estaria lacrado.

Passo a passo: vítimas precisam ir à delegacia para prestar queixa

Marinésio de Sousa Olinto confessou a morte de duas mulheres no Distrito Federal — Foto: Polícia Civil do DF/Divulgação

Maníaco em série

Chamado de "maníaco em série" por um dos delegados que cuidam do caso, Marinésio dos Santos Olinto, de 41 anos, confessou o assassinato da funcionária do MEC e também o da empregada doméstica Genir Pereira de Sousa, de 47 anos. O cozinheiro ainda é suspeito de outros dez crimes de violência sexual (entenda abaixo).

Segundo o Instituto de Criminalística da Polícia Civil do DF, foram realizados pelo menos três exames que vinculam Marinésio aos crimes:

Laudo do exame do veículo GM/Blazer, que era usado por Marinésio
Laudo do exame do local onde foi encontrado o corpo de Letícia
Laudo do exame do local onde foi encontrado o corpo de Genir

Caso Letícia

Letícia Sousa Curado Melo morava no Setor Arapoanga, em Planaltina, com o marido e o filho, de 3 anos. A polícia chegou ao assassino confesso a partir das imagens de um circuito de segurança.

As câmeras mostram que às 7h42 de sexta-feira (23 de agosto) a advogada entrou no carro de Marinésio dos Santos Olinto, uma Blazer prata. Ela embarcou em uma parada de ônibus, perto de casa.

Em depoimento, Marinésio disse que "ofereceu uma carona à vítima".

Letícia iria para o trabalho, no Ministério da Educação. Ela esperava um ônibus para a Rodoviária do Plano Piloto, quando Marinésio parou a caminhonete.

Ele confessou que, no meio do caminho, assediou a advogada sexualmente. Ainda segundo Marinésio, a vítima rejeitou os avanços e ficou assustada.

Então, Marinésio enforcou Letícia. O corpo dela foi encontrado três dias depois, dentro de uma manilha, à margem de uma estrada, próximo ao Vale do Amanhecer.

Caso Genir

A empregada doméstica Genir Pereira de Sousa desapareceu no dia 2 de junho. O corpo dela foi encontrado dez dias depois, em uma região entre Planaltina e o Paranoá.

Assim como Letícia, Genir foi vista pela última vez enquanto caminhava até uma parada de ônibus. Câmeras de segurança flagraram o momento em que a empregada doméstica deixava a casa da patroa, no Paranoá

A patroa de Genir é dona de uma pizzaria e foi quem comunicou o sumiço da empregada. Segundo a empresária, em 15 anos de trabalho, Genir nunca havia faltado sem avisar.

Suspeito de outros crimes

Após a prisão de Marinésio, outras mulheres procuraram a Polícia Civil do DF para denunciar crimes de violência sexual que teriam sido cometidos pelo cozinheiro.

Na semana passada, duas mulheres reconheceram o cozinheiro Marinésio Olinto como autor de estupros que teriam sido cometidos contra elas. As vítimas ficaram frente a frente com o suspeito no Departamento de Polícia Especializada (DPE), em Brasília.

 

Fonte G1




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