(Na foto, a família no dia do sepultamento dos restos mortais de Silvia Cassiano)

Na terça-feira, 27 de agosto, foram absolvidos os quatro réus submetidos a júri popular, acusados do homicídio da gestante Silvia Cassiano, aos 33 anos de idade.

O julgamento lotou o plenário do Fórum da Comarca de Assis, das 15h à 1h30, quando o juiz Diogo Porto Vieira Bertolucci, proferiu sentença aos réus.

Parentes deles ocuparam a maior parte das cadeiras. Já pelo lado da família da vítima, apenas uma irmã compareceu, no período da noite, e sentou-se em uma das últimas fileiras, temendo ser vista pelos acusados.

No período da manhã, outra irmã enfrentou a fila, de horas, para poder assistir ao júri, e, mesmo antes da entrada do público ser permitida, às 15 horas, ela desistiu, temendo os acusados.

A mulher passou mal e teve de ir embora sem acompanhar o julgamento, fazendo um apelo para que a equipe de reportagem Abordagem Notícias lhe informasse o resultado, ao final.

Na manhã desta quarta-feira, ao saber da absolvição dos réus, ficou perplexa e externou: “Fiquei muito indignada com o resultado. Cadê a lei que protege as mulheres vítimas de feminicidios? Será que se ela tivesse uma condição melhor de vida o resultado ia ser diferente? Será que os culpados não seriam punidos?

Como pode a justiça deixar solto esses psicopatas que matam, esquartejam um corpo, com total frieza, como podem estar soltos, no meio de nós?”, questiona.

Segundo conta, a família inteira está novamente de luto.

“É como viver tudo de novo. Sentimos muito a falta dela, ainda não superamos e nem vamos superar essa tragédia. Então, mais uma vez estamos todos indignados com o resultado da sentença. Não consegui sequer ficar lá (no júri) para assistir, pois tenho muito medo deles. Não nos sentimos seguros.”, encerra.

A entrevistada não quis dar seu nome e nem permitiu fotos, pois teme por sua integridade física. 

Redação e foto Abordagem Notícias