Foram julgados nesta terça-feira, 27 de agosto, durante a manhã, tarde, noite e parte da madrugada de hoje,  no Fórum da Comarca de Assis, os quatro homens acusados do bárbaro assassinato de Silvia Cassiano, de 33 anos, que estava no quinto mês de gestação quando teve a vida ceifada. O corpo dela foi esquartejado, congelado e espalhado em terrenos baldios da cidade. O crime ocorreu de 08 a 09 de março de 2008, chocando a população.

Quatro testemunhas foram ouvidas no período da manhã, sob proteção judicial, não sendo vistas pelo público e réus. Assim, a entrada ao plenário só foi permitida às 15h - com senhas, quando teve início o julgamento, sendo a primeira testemunha o pai de dois acusados, um deles o ex-marido de Silvia, e o cunhado.

O corpo de sentença foi formado por um homem e seis mulheres. 

Os filhos de Silvia Cassiano, hoje com 19 e 21 anos, também foram ouvidos e defenderam o pai das acusações, e, assim como algumas das testemunhas, acabaram revelando que a mãe era constantemente ameaçada de morte por um mulher,  mãe do atual marido dela, que não aceitava a união do fiho com a ex-mulher do sobrinho (Silvia). Foi enfatizado pela defesa dos réus, que ambas viviam em constante atritos, com ameaças a Silvia de que o bebê que esperava não nasceria.

Referida mulher já esteve presa, temporariamente, e foi absolvida por falta de provas que a ligasse ao crime.

Após horas de debates entre defesa e acusação dos quatro réus, num julgamento bastante longo, o juiz de Direito, Diogo Porto Vieira Bertolucci, proferiu o veredito, com base no entendimento e decisão dos jurados, que reconheceram a materialidade do crime, mas não a autoria. Todos foram ABSOLVIDOS.

Segundo o advogado criminalista, Alexandre Pinheiro Valverde, predominou nesse julgamento o medo das testemunhas de acusaçao e as provas fracas do processo, resultando na absolvição dos quatro réus.

Para os advogados de acusação, não há nos autos provas de que seus clientes tenham matado Silvia Cassiano. Essa foi a linha seguida por Alex Bernardino, Sérgio Mendes, Ivan Serra e Sérgio Alessandro Pereira.

A sentença foi pronuncida à1h30.

 

 

Abordagem Notícias, que acompanhou o júri, do começo ao fim.