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GERAL • 19/10/2024 às 21:43

RJ teve pelo menos 6 jovens mortos a tiros em cinco dias

Todas as famílias negam qualquer envolvimento com o crime.

RJ teve pelo menos 6 jovens mortos a tiros em cinco dias

Margareth Teixeira, de 17 anos, morta em operação em Bangu, na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/ Redes sociais

O Rio de Janeiro teve pelo menos seis jovens mortos em comunidades carentes ou perto delas em cinco dias - desde a última sexta-feira (9) até esta quarta (14). As vítimas foram atingidas por balas perdidas ou baleadas diretamente - a maioria enquanto aconteciam operações policiais. Segundo parentes de todas as vítimas, nenhuma delas tinha qualquer envolvimento com o crime.

Os mortos são:

Gabriel Pereira Alves, 18 anos;
Lucas Monteiro dos Santos Costa, 21 anos;
Tiago Freitas, 21 anos;
Dyogo Costa Xavier de Brito, 16 anos;
Henrico de Jesus Viegas de Menezes Júnior, 19 anos;
Margareth Teixeira, de 17 anos.

A última vítima é Margareth, baleada em Bangu, Zona Oeste do Rio, nesta quarta, com o filho de um ano e nove meses no colo, durante uma operação da PM. Na mesma ação, outras duas pessoas, segundo a polícia, suspeitos. A PM afirma que Margareth foi encontrada morta depois que o tiroteio com suspeitos acabou. O bebê ficou ferido no pé.

Na segunda-feira (12), Henrico de Jesus Viegas de Menezes Júnior foi baleado durante um tiroteio no meio da tarde na Comunidade Terra Nova, no Bairro Lagoa, em Magé, na Região Metropolitana do Rio. Segundo um parente, o jovem saiu de casa para checar o reparo de sua motocicleta e foi atingido por uma bala perdida.

A PM afirma que encontrou armas e drogas com o jovem. A família nega e garante que o adolescente era repositor em um supermercado, o que foi confirmado pela empresa Supermarket. O mercado também afirmou que ele estava matriculado em uma escola municipal, no Centro do município, e em um curso do Senac, em Niterói.

Dyogo Coutinho, de 16 anos, morreu durante operação da PM em Niterói. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Também na segunda foi morto a tiros Dyogo Coutinho, de 16 anos, jogador da categoria de base do América, em Niterói, na Região Metropolitana. Amigos, parentes e moradores afirmam que ele estava indo treinar quando foi baleado. A PM estava em operação na região das comunidades do Viradouro, Grota e Igrejinha. De acordo com a corporação, suspeitos atiraram contra os policias e houve confronto.

A polícia disse que baleou uma pessoa e que ele seria um suspeito. Posteriormente, a corporação informou, em nota, que havia mais um morto. Nos protestos contra as mortes, mais uma pessoa foi baleada.O avô de Dyogo foi um dos primeiros a chegar no local após a morte.

No sábado, o soldado da Brigada de Infantaria Paraquedista Lucas Monteiro dos Santos da Costa, de 21 anos foi encontrado morto após participar de uma festa no Encantado, na Zona Norte do Rio. De acordo com agentes do 3º Batalhão (Méier), policiais foram checar disparos de armas de fogo na região e, ao chegar no local, encontraram duas pessoas mortas e uma terceira, que foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros.

A primeira morte da série de seis foi a do estudante Gabriel Pereira Alves, de 18 anos, que morreu após ser atingido no peito por uma bala perdida em um ponto de ônibus na Tijuca, Zona Norte do Rio, na sexta-feira (9). Moradores relataram uma operação da PM na região.

A Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que uma das bases da Unidade de Polícia Pacificadora do Borel foi atacada por criminosos na localidade Chácara do Céu, mas que não houve revide por parte dos policiais. Além de estudante, Gabriel jogava futsal nas categorias de base do Olaria.

 

Fonte G1




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