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LOCAL • 21/10/2024 às 07:21

Longevidade: Benício ultrapassa barreira centenária e chega aos 103 anos, cheio de saúde

Morador em Assis, Benício é lúcido e tem uma memória invejável.

Longevidade: Benício ultrapassa barreira centenária e chega aos 103 anos, cheio de saúde

Chegar aos 103 anos de idade, com lucidez, memória invejável, autossuficiência e saúde, não é para qualquer um. E o senhor Benício Pereira de Oliveira, nascido em 24 de junho de 1916, parece ter encontrado a fonte da juventude – que jorra do trabalho, e é grato a Deus por ser um grande privilegiado em um mundo onde tantos morrem cedo.

Morador de Assis, em uma casa construída por ele mesmo, o centenário, natural de Coronel Murta, em Minas Gerais, já teve várias profissões e se orgulha de cada uma delas, pois acredita que sua força de agora é resultado de muita labuta.

Criado na zona rural, no chamado “Córrego da Sede”, aos sete anos de idade o menino Benício já trabalhava na lavoura, ajudando os pais. Dali em diante vieram trabalhos de carpinteiro, pedreiro, garimpeiro, e tantos outros.

Aos 22 anos o amor bateu à porta e Benício casou-se com Ana Mendes de Souza, com quem teve 12 filhos. Dois morreram pouco após o parto, e hoje, de 10, restam 07. Os filhos que teve são José, Maria Laudelina, Maria Auxiliadora, Maria Olímpia, Maria Rosa, Antônio (in memoriam), Francisco (in memoriam), Juscelino, Maria das Graças e Juvenita (in memoriam), a caçula.

Questionado sobre o número de descendentes, rapidamente responde: 28 netos, 42 bisnetos e 5 tetranetos. Alguns moram longe e ainda não os conhece.

Há poucos dias de completar 103 anos, o senhor Benício só tem os problemas de saúde comuns à idade, como dor na coluna, por exemplo.

Além de construir a própria casa onde até hoje mora, edificou algumas vizinhas a sua, onde, inclusive, mora um de seus filhos e a nora Lia, que muito lhe ampara. Ele cozinha, cuida da casa, carpina, e tem como hobby assistir jogos de futebol e reportagens.

Fiel torcedor do time Corinthians, dia desses perdeu o final de importante campeonato, onde o time do coração foi vencedor, e ficou bem chateado. "Eu fiquei assistindo outro canal, esperando o jogo, e acabei não vendo nada", lamenta, 

Em Assis, trabalhou por muitos anos na Usina de Compostagem e Reciclagem de Lixo, até que fosse transformada em cooperativa.

Uma tristeza para esse centenário foi ter sido aposentado aos 64 anos e meio de idade, por invalidez (problema de coluna). Tivesse tido a chance de mais seis meses de trabalho, teria alcançado a aposentadoria integral.

Para chegar de Minas Gerais a Assis, primeiro a família Pereira de Oliveira mudou-se para Pedrinhas Paulista, em 1960, para tocar a lavoura com o dinheiro da divisão de herança deixada pelo pai. Benício associou-se a um italiano, dono de sítio, e a parceria durou 11 anos.

Com pouco rendimento da empreitada, Benício veio para Assis e comprou um terreno, no Jardim Paraná, que é onde reside.

Mesmo depois de aposentado o mineiro continuou o trabalho com reciclagem. Todos os dias, juntava materiais e entregava para um caminhão que vinha de Marília, pois era mais rentável do que entregar na usina local, que descontava 20%.

Hoje, o idoso vive da aposentadoria, com a qual paga impostos, água, luz e remédios e mantimentos. Alguns familiares ajudam com doação de leite, verduras e frutas.

A rotina de Benício inclui dormir relativamente cedo, por volta das 21 horas, e acordar em torno das 5h30.

Ele não tem celular, mas sim um telefone fixo com o qual fala com filhos e netos. Problema de audição? Nenhum!

Sobre a tão almejada fórmula da juventude, defende que vem do trabalho, tanto assim que até hoje cuida de varrer a casa, fazer o próprio almoço e capinar o quintal.

“Trabalhar não mata ninguém. Comecei com sete anos, mesmo tendo que estudar. Um professor particular ia até nossa casa e nos dava aulas. Meu pai achava importante saber ler e escrever e, mesmo com dificuldade, pagava alguém para nos ensinar. Acho que o segredo para uma vida longa é nunca ficar à toa. Hoje está difícil viver bem, pois só se come coisa envenenada”, finaliza, convicto.

Com a nora, LIa, e a neta, Ângela

Capinar, um hábito frequente

 

Redação e fotos Abordagem Notícias

 




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