Santa Casa suspenderá os serviços de UTI, tão duramente conquistados
A notícia causa perplexidade à população
Josino Pereira Dutra, coordenador do Gaped - Grupo de Apoio à Pessoa com Deficiência, dá uma notícia que deve pegar a todos de surpresa e causar perplexidade em Assis e região: O fechamento da UTI da Santa Casa de Misericórdia de Assis.
"O GAPED, com profunda tristeza vem comunicar à cidade de Assis, que a partir do dia 19 de Junho de 2016, a Santa Casa de Misericórdia de Assis, suspenderá os serviços de U.T.I. (Unidade de Terapia Intensiva) por não ter condições financeiras de mantê-la em funcionamento.
Esse comunicado foi passado pela Diretoria da Santa Casa ao Conselho Municipal de Saúde, do qual fazemos parte.Ficamos tristes por ver a falta de empenho e responsabilidade por parte do governo do Estado em se omitir nessa questão.Estamos aqui convocando todos os munícipes, Prefeito Ricardo Pinheiro Santana, a Vice-Prefeita Dra. Lenilda Ramos de Araújo, a Secretária Municipal da Saúde Denise Fernandes Carvalho, a Câmara Municipal de Assis e o próprio Conselho Municipal da Saúde para que juntos, brigarmos pela manutenção desse serviço tão necessário em nossa cidade de Assis e Região.Parece que a Saúde não é uma das prioridades do governo do Estado de São Paulo", finaliza entristecido.
Atualmente a Organização de saúde conta com 10 leitos da UTI. Em março deste ano, a assessoria da organização divulgou para imprensa que o Governo do Estado de São Paulo iria repassar recursos para auxílio da manutenção dos leitos de UTI.
Os 10 leitos foram conquistados em 2014, após muita luta por parte de autoridades regionais, lideranças, Prefeitura de Assis, Civap e Santa Casa de Assis, sem contar a participação histórica do Monsenhor Floriano Garcez Oliveira.
Após a inauguração destes leitos, por 11 meses eles foram custeados com recursos do Governo do Estado de São Paulo, que repassava por mês 297 mil reais, que eram suficientes aos gastos gerados na Unidade. Em seguida estes leitos tiveram que ser credenciados ao SUS, a partir de então o repasse de manutenção caiu drasticamente para 116 mil reais mensais. Essa diferença, de aproximadamente 181 mil reais, vem sendo custeada pela Santa Casa de Misericórdia de Assis gerando à instituição um déficit financeiro grande, que tem ainda se acumulado ao déficit já gerado pelos atendimentos SUS.
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