Esses dias eu estava pensando sobre o que falaríamos na coluna hoje, mas não tinha nada certo na minha mente. Então promovi lá no meu instagram (___eduardopereira) uma enquete sobre que temas gostariam de ver aqui na coluna.
Uma de nossas leitoras sugeriu o seguinte tema: “Será que quando deixo de amar alguém, isso que eu sentia era amor?”.
O tema é complexo porque mexe e envolve aquilo que nós temos mais medos, receios e até mesmo vislumbre de futuro que é, o amor. E longe de mim ficar dissertando sobre essa matéria quase indefinível, pois, há inúmeros textos sobre o assunto.
Aqui quero tentar falar sobre o amor mútuo.
Para isso precisamos fazer uma constatação: o amor é uma construção feita a partir de uma escolha, e nunca envolve apenas sentimento. Amar é um processo diário de desprendimento e de apoio.
Assim, o amor envolve também resiliência, por parte de quem está envolvido. Pode ser o amor da família, de alguém para alguém, se não houver resiliência o amor escapa, vira uma substância que nos amarga, às vezes, vira ódio. Resiliência é estar junto em frente as dificuldades, é resistir frente ao medo, e não soltar a mão do outro.
Resiliência está atrelada à empatia. E como já dissemos em outro texto, empatia é sentir o sentimento alheio. Quando se está em uma relação amorosa, você precisa sentir o outro, por isso quando digo que amar é desprendimento, falo sobre soltar-se de si, não de forma absoluta, mas saudável, para poder sentir o outro.
Aqui adentramos em outro fato salutar, amor é escolha. Não é apenas sentimento. Sentimento arrebata nossa capacidade de pensar, inibe nosso córtex pré-frontal, por isso achamos que a pessoa em nosso radar é quem amamos, ficamos bêbados de amor, e como Platão na Grécia disse, nos tornamos dementes! Entretanto, quando se ama, se escolhe, porque independente do que acontecer (aqui refiro-me a situações cotidianas e não a atitudes abusivas) haverá um vislumbre de construir uma vida com alguém. Terá sentimento, mas sentimento firme, forte, racional, que apoia e resiste.
Por isso quando você deixa de “amar” é porque você não escolheu amá-la. Como dizia Vinicius de Moraes “que seja infinito enquanto dure”. Assim é quando se “ama” com sentimento e não com a verdade da escolha. O que você sentiu foi o sentimento, e não a verdade do amor. É como disse o poeta, você experimentou o infinito que acabou.
A mutualidade do amor depende da escolha.
O amor é paradoxal, pode ser tudo isso que eu disse, como pode ser ao contrário também, entretanto, só há uma certeza, amar é construir, é esperar, porque, esperar é caminhar!
Espero que tenham gostado da coluna, e caso vocês queiram um tema para discutirmos na coluna mande no direct do meu instagram (___eduardopereira) ou mande no email eduardomatheusg.pereira@gmail.com, e até a próxima.
Eduardo Matheus
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